Publiquei artigo com este título em 2021. O republico com pequenas modificações e atualizações, frente a fatos e sentimentos recentes.
Avós, pais, tios, amigos queridos. Sim, no transcorrer normal da vida eles partirão. E nos deixarão de forma indelével momentos, lembranças, fotos, vídeos, palavras, ensinamentos, sorrisos, lágrimas, ou seja, o suficiente para deixar um enorme vazio em nossas vidas.
Tivemos em um passado recente a nefasta pandemia da Covid, com severos impactos nas nossas relações pessoais e profissionais, em especial a perda de entes queridos e de termos sido ceifados de forma abrupta e inesperada de encontros, antes constantes, com pessoas queridas, em especial amigos e familiares. Mais que encontros, mas demonstrações de carinho, consideração e afeto, como beijos, abraços ou uma simples palavra amiga. Quantas festas, aniversários, celebrações, almoços de domingo, ou simples encontros casuais não puderam ocorrer. Era nestes ricos momentos que dávamos uma pausa na nossa turbulenta rotina do dia a dia. E por suposto hoje damos mais valor a estes eventos, que em alguma ocasião os ignoramos ou não demos o devido valor.
Sejam familiares com presença constante em nossas vidas, sejam amigos e colegas que compartilharam vários momentos conosco, felizes e tristes, nos deixaram marcas e integram páginas inesquecíveis em nossas vidas.
No último dia 1º de março do presente ano, praticamente no mesmo horário, duas notícias inundaram minha família. Dois falecimentos de duas pessoas da mais alta estima e carinho. Um tio querido e uma tia abençoada.
Tio Luciano Amédée Péret, meu padrinho, de inteligência destacada, conhecedor profundo e defensor do patrimônio cultural do Estado, inclusive sendo um dos fundadores do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). Mais que seu legado profissional, sua maior virtude pela sua passagem no mundo terreno foi ter deixado marcantes frutos, juntamente com sua esposa e também já falecida Tia Vera, na constituição de uma família maravilhosa, formada por filhos e filhas abençoados e queridos!
Assim como as perdas que vocês leitores e leitoras tiveram, fica a saudade em um rastro eterno em nossas vidas. Sim, será inevitável um aperto no coração e um transbordar de recordações e lembranças, recordando da bela canção na voz de Nelson Gonçalves, em que “Naquela mesa ele (ela) sentava sempre, e me dizia sempre o que é viver melhor. Naquela mesa ele (ela) contava histórias... naquela mesa tá faltando ele (ela), e a saudade dele (dela) tá doendo em mim”.
Por fim, alegremo-nos em Deus, pois permanecem conosco pessoas mais que especiais, sejam avós, pais, tios, irmãos, outros familiares e amigos, ademais as bênçãos que nascerão para alegrar nosso ambiente e confirmar a obviedade que a vida continua, gerações pós gerações.
Valorizemos cada momento e cada pessoa que esteja ao nosso redor. Sejamos plenos nos carinhos, nos afetos, nas palavras amigas e no tempo dedicado ao próximo.
E que nunca nos esqueçamos, que “Sim, eles um dia nos deixarão”.