Ano Novo à vista: para alguns, é tempo de celebrar; para outros, hora de trabalhar dobrado

Jéssica Malta
16/12/2018 às 07:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:35
 (Divulgação)

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A virada do ano é sempre aguardada e celebrada por muita gente. Mas enquanto alguns se preparam para curtir as festas que pipocam pela capital, outros são responsáveis por garantir o agito. 

Vocalista da banda de pop rock belo-horizontina Ca$h, Daniel Mazzochi e o grupo dele são figurinhas tarimbadas nas festas de Réveillon em BH. Neste ano, inclusive, vão se dividir em duas comemorações. Sobem ao palco no Viva 2019, na Land Spirit, e no Espaço Vista, no Ponteio Lar Shopping.

O trabalho é bom para a banda, mas, para as esposas, nem tanto, acredita o músico. “Como costumamos fazer mais de um show no mesmo dia, às vezes elas estão gostando da festa e têm que sair com a gente para outra”, conta Mazzochi.

Mesmo assim, ele destaca que a presença das mulheres é algo de que os integrantes da banda fazem questão em apresentações como as da virada. “Não obrigamos a família toda a estar com a gente, mas é bom termos alguém especial ao lado nesse momento”, destaca o vocalista.

No entanto, não são todos os artistas que costumam estar acompanhados no Ano Novo. O DJ Junio Assisi, que também irá tocar na virada na Land Spirit, afirma que não costuma levar companhias para esse tipo de evento. 

A decisão, porém, não impede que ele tire um momento para celebrar o ano que chega. “Na hora da virada, eu costumo fechar os olhos e pedir um ano bom”, relata.

VEJA A PROGRAMAÇÃO DO RÉVEILLON EM BH E NOVA LIMA AO FIM DA REPORTAGEM

Repertório

Apesar de o clima ser festivo e descontraído, o DJ ressalta que o trabalho em uma data como o 31 de dezembro requer muita responsabilidade dos artistas. “As pessoas estão emocionadas, esperando a hora certa. O relógio tem que estar muito bem ajustado quando a gente é o encarregado de fazer a contagem”, explica.

Quanto ao repertório, Assisi destaca que a pluralidade de gêneros musicais não pode faltar. “Toca-se de tudo um pouco. Tem quem goste de rock, quem goste de axé e os que preferem algo mais retrô. O importante é saber o momento de cada música”, diz.

De acordo com o artista, a canção que acaba sendo a da virada é a “Marchinha de Ano Novo” (Adeus ano velho, feliz Ano Novo...). Mesmo sendo a escolha da maioria, ele conta há quem faça perdidos curiosos. “Já houve quem pedisse o hino nacional”, lembra.

Já no repertório da banda Ca$h, quem dá o tom dos últimos momentos do ano é a canção “Viva La Vida”, da banda britânica Coldplay. “Ela tem um coro grande, as pessoas costumam cantar junto com a gente”, diz Mazzochi.

Mas a música não é o único pedido do público atendido pela banda. No setlist não faltam canções de grupos clássicos como Beatles e Rolling Stones e representantes da nova safra da música, como Bruno Mars. “A Ca$h é conhecida por isso, nunca deixamos de tocar o que pedem. Fazemos um passeio, contando um pouquinho da história do rock, mas sem deixar de fazer um pop mais moderno”, destaca.

Mesmo apresentando canções para todos os gostos, ele pontua que o importante para a banda é manter o clima da festa. “No Réveillon, está todo mundo muito feliz, tem uma energia muito boa. Se você consegue manter isso, já vale a pena o trabalho”.

Em BH, não faltam opções para a virada; casas apostam na diversidade musical

Faltam pouco mais de duas semanas para o Réveillon e a cidade está repleta de opções para celebrar a data. Tem espaço para todo mundo em festas com atrações para todos os gostos e tribos. 

Elzio Pereira, gestor do Clube Chalezinho, explica que a aposta na diversidade musical é uma estratégia para atrair público maior e variado. “A ideia é fazer uma noite divertida, eclética, passando por vários gêneros musicais em uma crescente, de modo a envolver as pessoas durante toda a noite”, afirma.

Ele diz, porém, que não basta conquistar as pessoas somente durante o evento. Em uma data com tantas opções, é importante se destacar. “O Réveillon é uma época muito concorrida, por isso fazemos um planejamento que começa vários meses antes, passando por ideias de marketing, decoração, de operação”, relata.

Mas para ele, que produz regularmente a virada de ano no espaço, o desafio maior é fidelizar o público. “O cliente é o nosso patrão, ele tem esse poder de escolha e nos mostra, a partir dela, o quão eficiente fomos. Tão importante quanto ser uma opção é proporcionar uma entrega no patamar da expectativa do cliente, para que ele volte ano após ano”, pontua.

Fidelidade

Existem também as casas com público já cativo que utilizam a data para prestar serviço para os frequentadores do espaço, como o restaurante Topo do Mundo.

Nesta virada, a casa produz o décimo Réveillon, o primeiro no novo endereço em Nova Lima. “Nossa programação é planejada para atender a demanda de clientes da casa, o nosso diferencial é ser o Topo do Mundo”, coloca a diretora Ludmilla Tamiette.

Festa voltada para um público menor, ela destaca também o clima familiar do evento, boa opção para aqueles que querem curtir algo mais intimista. “É uma festa para, no máximo, 170 pessoas. Sempre planejamos com uma banda de baile, que apresenta ritmos variados e, nos intervalos, um DJ”, ressalta Tamiette.

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