'Listão' da Odebrecht tem doação a 9 mineiros

Ezequiel Fagundes e Janaína Oliveira
primeiroplano@hojeemdia.com.br
24/03/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:37
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Está em poder da força-tarefa que investiga o “Petrolão” uma planilha contendo o nome e apelido de pelo menos 200 políticos de 18 partidos, entre governistas e da oposição.

A documentação foi apreendida na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio, durante a 23ª fase da “Lava Jato”, batizada de Acarajé, que mirou os negócios envolvendo o marqueteiro do PT, João Santana, e a mulher de dele, Mônica Moura.

Como a PF ainda não teve tempo hábil para analisar todo o acervo da documentação, não é possível chegar à conclusão que os pagamentos são lícitos ou fruto de caixa 2.

Entre os citados, noves políticos de Minas aparecem na “superplanilha”: senador Aécio Neves (PSDB), prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), ministro de Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias (PT), deputado federal Luiz Fernando de Faria (PP), deputado federal Silas Brasileiro (PMDB), ex-deputado federal Alexandre da Silveira (PSD), ex-prefeita de Betim Maria do Carmo Lara, além do vereador de BH, Pablito (PSDB), e o Coronel Teatini (PSDB), primeiro suplente de vereador em Ipatinga, no Vale do Aço.

Medalhões da política nacional, como ex-presidente José Sarney (PMDB), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), senador Humberto Costa (PT), os ministros Jaques Wagner (PT) e Aloizio Mercadante (PT) e Aldo Rebelo (PCdoB), senador José Serra (PSDB), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), além dos governadores tucanos Beto Richa (Paraná), Geraldo Alckmin (São Paulo), Pezão (PMDB), do Rio, e os ex-governadores do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio, também são mencionados como destinatários de valores, dentre outros.

Peça-chave

Benedicto Junior é apontado como peça-chave do esquema de pagamento de propina financiado pela maior empreiteira da América Latina. Benedicto exercia papel de chefia junto aos executivos Cláudio Melo Filho e Sérgio Luiz Neves, sendo este último de Belo Horizonte. Juntos, são responsáveis pelo envio de R$ 15,5 milhões para uma pessoa identificada como “Mineirinho”.

Sigilo

No início da tarde de ontem, após o vazamento da planilha, o juiz federal Sérgio Moro decretou sigilo sobre da documentação da Odebrecht que cita dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja aqui a posição dos citados na planilha: Políticos no ‘listão da Odebrecht’ alegam que doações foram legaisEditoria de Arte/Hoje em Dia / N/A

  

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