O Edifício Tiradentes, que abrigou a Sede do Governo, na Cidade Administrativa, e foi desativado em fevereiro, vai ser ocupado por pequenos e médios empreendedores de Minas até o final do ano. A informação foi divulgada pelo deputado federal Miguel Corrêa (PT), em evento, nesta terça-feira (21), que lançou sua candidatura ao Senado pela coligação PT, PC do B, PR e DC. Corrêa afirmou que a ação foi negociada e autorizada pelo governador Fernando Pimentel (PT).

“Vamos transformar não apenas a Cidade Administrativa, mas todo o Complexo das Águas, que é um desperdício absoluto do recurso público, em um espaço para acolher os pequenos e médios empreendedores do nosso Estado”, afirmou. 

O deputado, que esteve à frente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedectes) nos últimos três anos e meio, afirmou que a iniciativa vai viabilizar o crescimento dos empresários do Estado.  

“As pessoas sabem perfeitamente o que é sair do aluguel, do custo da água, do custo da luz, do custo da internet, do custo do mobiliário. Você abrir a sua empresa e ter todo esse custo subsidiado pelo Estado torna o negócio mais simples. Quando você faz opção por essa ação, no ano seguinte, essas empresas geram empregos, impostos, devolvem três vezes mais aos cofres públicos”, completou. 

Segundo o candidato ao Senado, a sede atual do governo de Minas gera uma grande despesa aos cofres públicos. 

“A Cidade Administrativa não cumpre os objetivos que foram apresentados pelo governo anterior, que são a redução do custo, o que é uma mentira, e sair do aluguel, que é outra mentira. Se ela não cumpre esses objetivos, ela simplesmente deixou mais cara a máquina pública, tornou mais difícil a vida dos servidores”, completou. 

Em relação à operação de ocupação, Miguel Corrêa não adiantou detalhes, mas reforçou que o objetivo é que os empresários se instalem no Edifício Tiradentes até o final do ano.

Procurada pela reportagem, a assessoria do senador  Antonio Anastasia (PSDB), que antecedeu Pimentel no governo de Minas, afirmou que não vai comentar as declarações do petista. 

Candidatura 

Com a negativa do ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, em ocupar a segunda vaga da coligação na disputa pelo Senado, o nome de Miguel Corrêa acabou sendo o nome de consenso entre a coligação, com a presidente estadual do PT, Cida de Jesus, sendo a primeira suplente para o cargo. 

Em relação à predileção pelo nome de Lacerda, que desistiu nesta teça-feira (21) de concorrer ao cargo de governador de Minas, Corrêa afirmou que não havia mais tempo hábil para aguardar uma definição sobre a candidatura do empresário. 

"Esperamos até o limite do que poderíamos. Não há mais tempo", afirmou Corrêa.

A outra candidata ao Senado pela coligação é a ex-presidente Dilma Roussef. Encabeçam a chapa o governador Fernando Pimentel, que tenta a reeleição, e a deputada federal Jô Morais (PC do B), como vice. 

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