(Evandro Rodney)
Com os termômetros marcando acima dos 30 graus em quase todo o Estado, as cachoeiras parecem ser uma solução quase óbvia quando o assunto é se refrescar. Também, pudera: na falta de mar (porque praia até tem, em alguns rios e lagos), o mineiro elegeu as cachoeiras como a melhor opção para os dias de calor.
Nos finais de semana e nos feriados prolongados, as cachoeiras próximas a Belo Horizonte ficam cheias, como na vizinha Macacos (São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima) ou na Serra do Cipó (que ainda reina absoluta, mas visivelmente viu muitos turistas desistirem de frequentar por conta da violência nessa região).
Muitos vão em turma (família, amigos), alguns em casal. Raros vão sozinhos. Afinal, alguém tem que ser testemunha de que você é capaz de pular do alto daquela pedra ou enfrentar aquela trilha difícil. No mínimo, alguém para fotografar você perto da cachoeira e postar.
Mais longe de BH, como em Sacramento (perto de Araxá, no Triângulo), ou no Parque do Ibitipoca, perto de Juiz de Fora, na Zona da Mata, estão algumas das cachoeiras mais bonitas de Minas Gerais, cercadas por cenários tão bonitos que compensam a longa distância a ser percorrida a partir da capital.
Nas pedras, todo cuidado é pouco
É claro que essa história de ir para as cachoeiras com uma turma e sair saltando de pedras na água também exige uma boa dose de responsabilidade. Não dá para ficar “brincando” de aventureiro, principalmente em lugares que você não conhece bem. Das duas uma: ou você vai a lugares que você tem um bom conhecimento, ou vai com quem sabe, de preferência com um guia local, que conhece bem a região. Isso pode ajudar a prevenir acidentes que, na maioria das vezes, são causados por quem acha que é “o bom”, que enfrenta qualquer obstáculo, que não tem medo de nad’a, que abusa própria habilidade e da sorte.
Infelizmente, a cada verão são bastante comuns as notícias de pessoas que se afogaram ou se acidentaram gravemente nas cachoeiras. Muitos desses acidentes foram facilitados pela ingestão de bebidas alcoólicas em excesso. Se você não for dirigir, uma cervejinha não é problema algum. É só não abusar.