Que boa notícia! Em meio a tantos números traduzidos em perdas de toda a ordem, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia para o mês de outubro trazem alívio muito bem-vindo.
Pelo quinto mês consecutivo, Minas Gerais registrou saldo positivo na geração de empregos.
Foram 42.124 postos de trabalho a mais no Estado, em um cenário com 163.934 admissões e 121.810 demissões.
Os números divulgados ontem reforçam a importância das micro e pequenas empresas para garantir movimento ao motor da economia mineira no atual cenário.
Segundo o Sebrae Minas, seis a cada dez empregos criados no Estado são relacionados a esses segmentos. Tendo por base o Caged de setembro, o Sebrae aponta que das 36 mil vagas formais criadas no Estado, 62,8% (22.937) foram graças ao crescimento e - porque não dizer, resistência e bravura – das MPEs. As micro e pequenas industriais abriram 6.600 postos, seguidas pelo comércio (6.300), serviços (6 mil) e construção civil (4.360).
Números que chamam a atenção e ajudam a mostrar como a economia tem se recomposto dos impactos provocados pela pandemia.
Se os pequenos são os que mais sentem um cenário negativo amplificado pela redução da liquidez em circulação; o período de restrições à circulação de pessoas e a dificuldade para a obtenção de crédito, também trazem consigo o maior potencial de crescimento, como confirmam as estatísticas de registros deste tipo de empresa - principalmente no que diz respeito aos microempreendedores individuais (MEIs), que mantiveram os números de 2020 no azul em Minas, quando se esperava que o fechamento de estabelecimentos superasse a criação deles.
Ressalta-se mais uma vez, então, a importância de facilitar a ação empreendedora. Boa pauta para os novos prefeitos, que precisam reduzir entraves burocráticos, algo hoje tão importante quanto qualquer incentivo em termos fiscais. É preciso estimular quem quer gerar renda e emprego, o que se transforma em maior arrecadação de impostos e dinheiro em circulação.