Editorial.

Anseio é por campanha rica em propostas

30/08/2018 às 21:56.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:12

Faltando pouco mais de 30 dias para o pleito de 7 de outubro, começa hoje a campanha eleitoral gratuita no rádio e na TV para candidatos a deputado, senador, governador e presidente.  No caso da corrida ao Palácio da Liberdade, a exposição massiva ao eleitorado, dia sim, dia não, com pouco ou muito tempo, significa grandes oportunidades para os candidatos. Uma delas é a de consolidar as intenções de votos que já detêm, apontadas pelas últimas pesquisas. Outra, claro, é tentar fazer com que muita gente mude de opção, o que inclui até os que ameaçam votar branco ou nulo.  A principal, porém, é buscar a preferência de milhões de mineiros ainda indecisos. Conforme enquete divulgada esta semana pelo Ibope, os eleitores que ainda não bateram martelo quanto ao escolhido somam 19% do total.  São, portanto, 2,8 milhões de pessoas ainda sem candidato, número que, conforme analistas, é mais que suficiente para garantir a vitória de qualquer dos postulantes. Segundo as assessorias das coligações, as estratégias para conquistar a simpatia dos cidadãos devem se concentrar, por um lado, na questão da polarização política em Minas. Se PSDB e PT têm a expectativa de protagonizar a disputa, os concorrentes que ainda não gozam da popularidade pretendida ou os chamados nanicos desejam, com urgência, assumir o papel de “terceira via” no cenário eleitoral. Por outro lado, a abordagem da grave crise fiscal que Minas atravessa deve ser foco das campanhas. Nesse sentido, são esperadas as tradicionais trocas de acusações sobre a responsabilidade pelas mazelas financeiras, bem como proposições sobre como aliviar os cofres mineiros, com a regularização de salários dos servidores e a retomada da capacidade de investimentos do Estado. O que se almeja, contudo, é que, por maior que seja o peso político e até ideológico da contenda – até por sua inequívoca relação com o cenário nacional –, os aspirantes à chefia do Executivo estadual não deixem de lado a oferta de propostas concretas e factíveis para recolocar Minas nos trilhos. Soluções para a economia, a saúde, a educação e a segurança devem necessariamente entrar na pauta dos programas. Com certeza, esse é o conteúdo que o eleitor deseja e merece.  

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