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Segunda-Feira,29 de Abril
Editorial.

As falhas humanas e o caos no trânsito

20/08/2018 às 20:53.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:01


Momentos de caos no trânsito da capital, ou de engarrafamentos mais extensos que o usual, costumam ter duas causas: chuva forte ou a ocorrência de acidentes em série. Na manhã de segunda-feira, o céu estava azul, mas, para usar uma expressão popular, parecia haver uma ‘bruxa solta’, passeando por algumas das principais vias da cidade. 

Primeiro, o motorista de uma carreta que transportava uma retroescavadeira não respeitou a indicação de altura máxima permitida, sob uma trincheira, no Complexo da Lagoinha, e fez-se o estrago, com direito a um motociclista ferido por escombros. 

O acidente foi no final da noite de domingo, mas no dia seguinte, mesmo com toda a preparação dos agentes de trânsito parta evitar o pior, milhares de motoristas sofreram as consequências. Com a estrutura interditada, houve interrupção do tráfego no Complexo – um suplício para quem, sem saber do ocorrido, transitava pelo local.
Em outro ponto da cidade, também de manhã, mais confusão: sete veículos, entre eles um caminhão-tanque, envolveram-se em um engavetamento no Anel Rodoviário, deixando dois feridos e provocando filas enormes de veículos parados. Para completar, à tarde, na Via Expressa, em Contagem, um caminhão carregado de carvão ainda ficou preso sob um viaduto, causando mais um congestionamento.

É difícil explicar o que provoca tantas ocorrências de trânsito seguidas, com graves consequências à circulação de veículos em toda a cidade. Mas três fatos dão boas pistas. 

O primeiro é que na Lagoinha e em Contagem houve desrespeito patente à sinalização, que proibia veículos superdimensionados nos locais. O segundo é a constatação de que um dos motoristas – o da carreta com a retroescavadeira – tinha a habilitação vencida, infração gravíssima e cada vez mais comum em BH, mesmo com a elevação das multas para essa falta na cidade: o número subiu 85% entre os primeiros semestres deste ano e de 2017. 

O terceiro é que o Anel, onde houve o engavetamento, é palco constante de acidentes, em razão da demora em se solucionar graves e conhecidos problemas na via. Fica claro, portanto, que quem solta as ‘bruxas’ no trânsito são mesmo as pessoas, sejam motoristas ou quem deveria gerenciar adequadamente o setor. 
 

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