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Editorial.

Crise só para alguns

Publicado em 20/10/2020 às 21:16.Atualizado em 27/10/2021 às 04:50.

A gente pensa que está ruim para todo lado, mas desde que o mundo é mundo as crises econômicas – sejam elas resultado de má administração pública, quebra da bolsa ou guerras – separam os abastados dos menos favorecidos. No popular: deixam mais claro quem é rico e quem é pobre. Ou, para nutrir o otimismo, evidenciam a distância entre quem come caviar e quem somente ainda não chegou lá. 

No início, a crise global gerada pela pandemia do coronavírus até fez parecer que seria um pouco diferente, com perdas generalizadas em todas as camadas e setores econômicos. Ingenuidades à parte, claro, sempre há os que perdem mais e mais rápido - o emprego, a renda, a esperança, o arroz com feijão no prato ou a condição de, minimamente, seguir com dignidade à espera de dias melhores.

Mas o que emerge, uma vez mais, é um extrato social que literalmente nada de braçada a anos-luz do lamaçal onde parcela significativa da população está atolada. É o topo do topo da pirâmide: dobrou ou triplicou a própria fortuna. 

A fortuna de 42 bilionários brasileiros, por exemplo, cresceu nada menos do que US$ 34 bilhões na pandemia. No mesmo país do desemprego recorde, das muitas empresas fechadas, do aumento do número de famílias abaixo da linha da pobreza, da indefinição sobre a continuidade de um auxílio do governo de R$ 600.

Não queremos nivelamento por baixo. Oxalá os ventos democráticos que já agonizam em outras esferas permitam a mais cidadãos subir a ladeira, empreender, agarrar oportunidades e tudo o mais que se costuma dizer para tentar explicar tais disparidades. Se bem que, de barriga vazia.... 
 

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