Tratamos na edição de hoje alguns assuntos que mostram como nosso futuro está incerto, em variadas áreas. E não estamos falando de um futuro a longo prazo, daqui a dez ou 20 anos. Estamos nos referindo aos próximos meses, ou de um 2017 que sucede um ano que não deixou muitas saudades. O receio de mais 12 meses de turbulências, dificuldades e decepções é tudo o que o brasileiro não quer ter neste momento. 

Em Minas, temos o medo da febre amarela. O número de casos suspeitos dobrou ontem em relação ao anunciado na segunda-feira e as cidades que já estão em alerta passaram a decretar estado de calamidade devido à doença. O risco é do vírus alcançar as áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti e virar uma epidemia semelhante à dengue, com o agravante de a febre amarela ter um grau de letalidade muito maior. 

Nos Estados Unidos, o presidente da maior potência econômica mundial, Donald Trump, vai assumir o cargo mais importante do planeta já em meio a escândalo de que a Rússia teria um dossiê contra ele. Em sua primeira coletiva de imprensa como presidente eleito, Trump reafirmou algumas posições completamente fora da ordem mundial. Ele faz questão não só de construir um muro entre os EUA e o México, mas de construir um muro diplomático em volta de si, em um momento que o mundo pede mais diálogo para resolver conflitos importantes com repercussões internacionais. 

Até no esporte temos incertezas, com a saída de Bernardinho da Seleção Brasileira de vôlei após 15 anos de um ciclo altamente vitorioso. Não, o vôlei sem Bernardinho não vai melhorar a situação social do país, mas sempre é de se lamentar o fim de um dos poucos trabalhos feitos por um brasileiro que é referência no mundo. O treino, a preparação, o planejamento e os resultados alcançados nesse período inspiraram não só outros esportes, mas também empresas brasileiras. 
Por último, para não dizer que somos pessimistas, as notícias da economia – por incrível que pareça – são as que dão um alento. A inflação dentro da meta e a redução dos juros podem indicar que a crise bateu no fundo do poço, e que podemos ter arrocho menor. 

Veremos nos próximos meses se todas essas notícias de hoje evoluirão para melhor ou para pior. 

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