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Editorial.

E vamos de mais devaneios negacionistas

Publicado em 11/11/2020 às 09:36.Atualizado em 27/10/2021 às 05:00.

Parte do mundo já encara uma segunda onda de contaminação pelo coronavírus. É um alerta dos mais preocupantes e que deveria levar a pensar - ao menos isso - os que insistem em ver a pandemia como algo menor. 

Os Estados Unidos já registraram mais de 10 milhões de casos de Covid-19; as autoridades de saúde na Itália temem uma “pandemia incontrolável; França e Reino Unido decretaram toque de recolher e outras medidas restritivas; o Brasil é o terceiro país no triste e desolador ranking de contaminados, se aproximando dos 5,7 milhões de infectados e quase 163 mil mortes. Fica atrás da Índia, país que registra explosão de casos da doença.

E apesar disso tudo, dos riscos iminentes, de termos várias cidades novamente registrando alta na taxa de transmissão do coronavírus, como é o caso de Belo Horizonte, seguimos assistindo o embate político-eleitoreiro em torno das vacinas. Seguimos vendo o presidente da República colocando “fogo no parquinho”. 

A Anvisa mandou recado pela imprensa ao Instituto Butantan vetando testes com a CoronaVac no país. O recado, na verdade, era para o desafeto do Planalto, o ex-aliado João Dória, governador de São Paulo. A falta de “tato”, digamos assim, abriu discussão sobre uso político da Anvisa, ainda mais diante do posicionamento de Jair Bolsonaro, destacando em rede social que havia “ganhado” de Dória. Vale lembrar que o governo de São Paulo anunciou a chegada de 120 mil doses do imunizante chinês.

A briga cresceu: o STF exigiu explicações; o Comitê Internacional Independente no combate à pandemia fez apelos ao governo. E, mais uma vez, diante do sofrimento de tantas famílias, diante das incertezas em vários cenários, o governo brasileiro avisou sem rodeios: “tem que deixar de ser um país de maricas”.

Alguém chamou de devaneio negacionista. Difícil não concordar. 

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