Editorial.

Economia cada vez mais para todos

Publicado em 24/08/2020 às 07:25.Atualizado em 27/10/2021 às 04:21.

Se o Brasil é o país dos 220 milhões de técnicos de futebol, não reúne a mesma quantidade de entendidos em economia. Até porque se trata de algo bem mais específico do que um jogo que, apenas na mente do torcedor, é de fácil explicação e compreensão. 

Mas as mudanças provocadas no cenário financeiro antes mesmo da pandemia de Covid-19 fizeram com que cada vez mais pessoas decidissem se aventurar na missão de cuidar das próprias economias e defender o suado dinheiro das incertezas e instabilidades. Vai longe o tempo em que a caderneta de poupança era destino simples e natural para o que se queria guardar, na expectativa de superar as perdas provocadas pela inflação. Inflação esta que, felizmente, também não é mais a dos tempos das remarcações diárias de preços.

Em poucos anos, as taxas de juros caíram do patamar dos dois dígitos ao ano para bem menos do que isso. Processo que foi acelerado com o grave momento atual, para uma mínima histórica de 2% AA. Numa ótica de fazer o dinheiro trabalhar pelo investidor, as opções de renda fixa perderam totalmente a atratividade, com remuneração baixa e incentivos fiscais nulos. O que faz com que cada vez mais gente opte pela renda variável - mais especificamente, a Bolsa de Valores.

Que hoje não é mais o território de corretores enlouquecidos com telefones em punho. É possível, com o volume de informação disponível e um bom conhecimento do funcionamento do mercado, operar do próprio computador e encontrar as oportunidades disponíveis. Desde que, como alertam os especialistas, se leve em conta que há riscos, oscilações e posturas que devem ser evitadas. Além do foco no longo prazo, o que ameniza os efeitos dos altos e baixos tradicionais.

Não se trata de ciência espacial, e cada vez menos é um território fechado e impenetrável. E pode se consolidar como opção de ganhos sólida, com a mais do que interessante perspectiva de ser também proprietário de uma grande empresa, ainda que em percentuais ínfimos. A democratização da Bolsa é positiva para a economia como um todo. Para o bolso de quem acredita também pode ser, respeitada a máxima de que “dinheiro não aceita desaforo”.

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