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Editorial.

Impactos diferentes da mesma pandemia

Publicado em 25/09/2020 às 08:11.Atualizado em 27/10/2021 às 04:38.

É inegável que os impactos da pandemia na atividade econômica devem ser analisados por vários prismas, muito além da frieza dos números. Afinal, o desempenho dos diversos setores se viu comprometido em maior ou menor grau, em primeiro lugar, por sorte, ou pela falta dela.

Quem se enquadrou entre as atividades essenciais - casos de supermercados e farmácias - viu o volume de vendas crescer nesses últimos seis meses. O mesmo foi registrado no comércio eletrônico (por se tornarem alternativa óbvia em tempos de isolamento), ou em relação aos materiais de construção e acabamentos, num período em que muita gente aproveitou para fazer ajustes e reformas em casa. Vários restaurantes conseguiram se manter em meio a um quadro catastrófico ao apostar no delivery.

Nem todos, no entanto, tiveram a mesma condição. O número de casos de Covid-19 em Belo Horizonte e a necessidade de restringir a circulação de pessoas pesaram para inúmeras atividades comerciais. Especialmente as de menor porte, que não conseguiram se enquadrar no universo digital, até mesmo pela característica de sua clientela. E regiões de menor concentração populacional, como o Centro da capital, sentiram mais as limitações e restrições. Estabelecimentos eminentemente presenciais - os bares são talvez o melhor exemplo - também foram, muitas vezes, obrigados a jogar a toalha.

Até mesmo por essa condição, torna-se necessário dedicar maior atenção em termos de incentivos, crédito e mesmo voz a quem mais sofreu. Conceber formas de permitir que quem segue na luta ganhe fôlego para se enquadrar à nova normalidade, de modo a evitar um volume ainda maior de dispensas ou de encerramento de atividades. 

Por outro lado, não se pode simplesmente culpar o poder público por 
números negativos superiores ao registrados na média do Estado e do país. A primeira tentativa de reabertura, em maio, mostrou como a precipitação e a falta de diretrizes sólidas ajudaram a fazer disparar a curva de contágio pela Covid na capital. A ponto de, mais tarde, registrar-se um colapso, com indicativos preocupantes que demandaram bastante tempo até que nova investida fosse tentada. As decisões tomadas tiveram embasamento científico, algo que deve prevalecer neste caso.

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