Em São Paulo, hospitais da rede privado com aumento expressivo do número de internações e médicos fazendo alertas e apelos nas redes sociais para que a população entenda os riscos e evite sair de casa, sobretudo sem máscaras.
No Rio, situação igualmente preocupante. As internações por Covid dispararam, o que levou a prefeitura do Rio a emitir alerta para unidades de saúde. Por lá, a ocupação de UTIS já supera 90% tanto na rede privada quanto na estrutura de saúde pública.
Por aqui a situação também já não parece das melhores. A primeira nem acabou, mas o risco de uma nova onda de Covid-19 já é real em Belo Horizonte. Há pelo menos nove dias a cidade registra aumento do nível médio de transmissão, o chamado Rt.
Análise do esgoto mostrou semana passada mais de meio milhão de infectados; redes de farmácia na capital confirmam não somente maior procura por testes rápidos para diagnóstico da doença como também alta nos resultados positivos para a traiçoeira Covid-19, o que leva ao temor de mais internações nos hospitais da cidade. Desde a última sexta-feira, o número de pacientes em UTIs já apresenta ligeiro crescimento. Ou seja, não estamos mais falando de um “talvez aconteça”.
E mesmo com tudo isso vemos parcela significativa da população ignorando os riscos. Consumidores e clientes sem máscaras, bares lotados nos bairros e periferias da cidade.
A manutenção da data da eleição no último domingo levou às ruas e uniu em locais fechados gente que deveria estar quarentenando, mas não dá pra dizer que essa seja um problema ou fator isolado.
Fato é que urge lembrar a todos que não é porque estamos de saco cheio do isolamento ou cansamos da máscara que o problema está resolvido. A negação do cenário que se avizinha e as atitudes individualistas só trarão mais choro e ranger de dentes para todos.