Editorial.

Mais do que nunca, é hora de parar e fazer sua parte

20/03/2020 às 22:50.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:02

Confinamento. Quarentena. Isolamento social. Qualquer que seja o nome, em questão de dias programas simples e rotineiros se tornaram distantes. Cinemas, bares e shopping centers estão fechados; as aglomerações estão proibidas e as viagens altamente desaconselhadas. Contatos próximos, abraços e manifestações de carinho se tornaram comportamentos de risco. Algo que parece saído do roteiro de um filme de ficção literalmente parou o mundo. E é preocupação global, monopoliza noticiários e conversas, levanta dúvidas e temor.

Diante da rapidez de disseminação do novo coronavírus; de uma busca por medicação eficaz e, em um estágio mais avançado, de uma vacina – algo que não virá num curto prazo – evitar ao máximo todo o tipo de contato é, inquestionavelmente, evitar ao máximo as saídas de casa. Tanto mais diante de um cenário de transmissão comunitária, em que não apenas pessoas vindas do exterior, de locais em que a Covid-19 se alastrou inicialmente, se tornam vetores da enfermidade. 
Empresas e órgãos públicos estão parados; lojas fechadas, aulas suspensas; há toda uma implicação econômica que preocupa quase tanto quanto a questão de saúde. Mas, do país mais rico ao mais pobre; da maior economia à menor, pisou-se no freio com medidas cada vez mais rigorosas. 

Nem é preciso mais olhar para outros países na tentativa de imaginar o que pode acontecer por aqui. O número de casos e de óbitos cresce no Brasil com a perspectiva de uma ascensão exponencial rápida, justamente o que se tenta impedir. Hoje qualquer pessoa é capaz de justificar a razão de tal perigo: não há estrutura hospitalar capaz de lidar com uma explosão no número de infectados, aos quais se juntariam pacientes com todas as demais condições que exigem atenção clínica.

É verdade que funções e serviços essenciais não podem parar, que é necessário manter uma estrutura mínima de atendimento que não gere um cenário de caos social – e até mesmo a imprensa se inclui, como aliada para informar, conscientizar e ajudar.

Não é simples se ver limitado ao espaço da residência, perder, ainda que de forma momentânea, a liberdade de deslocamento. Mas é fundamental atender a um apelo cada vez mais forte e necessário. Ainda que já pareça chavão, quanto mais cedo se conseguir barrar a disseminação da Covid-19, também mais rápido será possível retomar a normalidade. E valorizar ainda mais o que hoje se perde.
 

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