Editorial.

Micro e pequenas empresas em alta

Publicado em 15/10/2020 às 20:54.Atualizado em 27/10/2021 às 04:48.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia para o mês de agosto em Minas voltaram a mostrar que micro e pequenas empresas se mantêm à frente quando o assunto é a geração de postos de trabalho no cenário pós-pandemia. Sozinhas, abriram 18 mil das 28 mil vagas criadas no Estado, o que corresponde a 64%. Número que chama a atenção e ajuda a mostrar como a economia tem se recomposto dos impactos provocados pela pandemia.

Se os pequenos são os que mais sentem um cenário negativo amplificado pela redução da liquidez em circulação; o período de restrições à circulação de pessoas e a dificuldade para a obtenção de crédito, também trazem consigo o maior potencial de crescimento, como confirmam as estatísticas de registros deste tipo de empresa - principalmente no que diz respeito aos microempreendedores individuais (MEIs), que mantiveram os números de 2020 no azul em Minas, quando se esperava que o fechamento de estabelecimentos superasse a criação deles.

Por opção mas, em muitos casos, por necessidade, aposta-se no próprio negócio como uma alternativa viável para um cenário de emprego em baixa e dificuldade para recolocação, à espera de sinais mais duradouros de retomada. Observa-se ainda um movimento de identificação de novas demandas, ou de adaptação a uma nova normalidade, que alterou a forma de consumir, criou novas necessidades e valorizou aspectos antes secundários. E o sucesso dos novos empreendimentos gera a necessidade de contratações, para dar conta da demanda. O que mostra como vem deste setor da economia, em boa parte, o impulso para a saída de um panorama negativo. 

Ressalta-se mais uma vez, então, a importância de facilitar a ação empreendedora, algo tão mais em pauta quando se tem pela frente uma eleição municipal. Os novos prefeitos precisam reduzir entraves burocráticos, algo hoje tão importante quanto qualquer incentivo em termos fiscais. É preciso estimular quem quer gerar renda e, consequentemente, emprego, o que se transforma em maior arrecadação de impostos e dinheiro em circulação. Reduzir exigências, facilitar processos e apostar na tecnologia como ferramenta devem ser prioridades para as administrações municipais de modo a reverter de forma definitiva qualquer tendência de queda da atividade econômica.

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