Editorial.

O que mais 2020 nos reserva?

Publicado em 25/11/2020 às 22:23.Atualizado em 27/10/2021 às 05:08.

Essa é uma pergunta recorrente e que tem afligido muita gente. Faltando pouco mais de um mês para o fim do ano, há quem acredite que muita água ainda vai rolar nesse que é um dos períodos mais desafiadores para muitas gerações. 

A pandemia de Covid-19 mudou rotinas, impactou a forma como o mundo se comunica, compra, confraterniza, viaja, realizar. Provocou e provoca reflexões, medo incerteza, reinvenções de toda ordem: no mundo do trabalho e sua organização, na vida familiar e o modo de compartilhar alegrias e angústias, na forma de lidar com todo tipo de perda. 

E essa nova ordem mundial não dá sinais de trégua. Por isso, vale sempre lembrar: não é porque estamos cansados desse tal “novo normal” que podemos esculhambar geral, ignorando regras de convivência, limites e temores alheios e, sobretudo, as regras estabelecidas por autoridades de saúde no mundo inteiro.

Para quem achava que a onda estava virando uma marolinha, surpresa! E para que uma segunda onda de contaminação não seja mais letal e restritiva que a primeira é preciso consciência coletiva. 

Máscara incomoda, faz transpirar. Álcool em gel resseca a mão, sim, mas não mata. Saudade dói e vida sem lazer é um complicador para o estresse, claro. Mas estamos novamente diante de um crescimento espantoso dos casos de Covid e níveis de ocupação de leitos hospitalares em alerta vermelho. 

Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil endureceu o jogo e anunciou política de tolerância zero com comerciantes e demais cidadãos que insistirem no desrespeito que coloca a vida de toda a comunidade em risco. As ações de fiscalização, até então educativas, agora passam a ser punitivas, com multas, fechamento do estabelecimento infrator e até prisão.

Kalil disse que fechar ou não a cidade novamente tem relação direta com o comportamento dos belo-horizontinos nos próximos dias. Se isso acontecer, sofre o comércio, em pleno mês do Natal, sofre a economia da capital, sofre todo mundo. E, vamos combinar: chega de tanto sofrimento para um ano só.
 

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