Editorial.

Os parques e o novo normal



Publicado em 27/08/2020 às 08:06.Atualizado em 27/10/2021 às 04:23.

Mais uma etapa da retomada das atividades em Belo Horizonte está prevista para sábado (29), quando reabrirão as portas seis parques públicos da capital. Dentro, no entanto, de uma série de protocolos específicos, que incluem a proibição do uso dos brinquedos destinados às crianças; do uso dos espaços de esportes coletivos (a não ser por poucas pessoas) e a desativação dos bebedouros. Além disso, em um número limitado de dias da semana, exigindo o agendamento para o acesso. É uma forma de garantir que não haja um número maior de frequentadores do que o considerado adequado para assegurar o distanciamento social e, assim, inibir aglomerações.

Algo certamente distante da experiência habitual em tais espaços de convivência e prática de atividades saudáveis, mas que deve ser comemorado diante de um cenário em que até mesmo caminhadas ou outros tipos de movimento e esporte foram inibidos por vários meses, chegando-se a isolar praças e locais de maior procura com cercas que impediam o acesso. Por mais que, em boa parte do mundo, a atividade física fosse estimulada e considerada importante até mesmo para a manutenção da serenidade mental em tempos tão desafiadores.

Justifica-se tal excesso de zelo por outro excesso: o desrespeito às recomendações e determinações públicas no esforço de combate à pandemia. Por muito tempo, e em vários locais, a população efetivamente agiu como se nada de mais grave ocorresse, lotando espaços, ignorando o uso da máscara e demonstrando não ter qualquer preocupação para com o semelhante.

Preocupação que, agora, deve nortear este novo momento, com restrições relaxadas. Bom senso, paciência, cautela e respeito às normas são aliadas necessárias numa tentativa de vencer, aos poucos, o período em que praticamente tudo que se desse fora de casa era desencorajado. A vontade de recuperar antigos hábitos, sabe-se, é considerável, mas não se aplica num momento em que ainda há risco significativo de contágio. Deve-se procurar viver o possível, dentro do que se convencionou chamar de novo normal. Até mesmo para que a circulação do coronavírus diminua e seja realidade um maior controle sobre a doença, o que permitirá reduzir ainda mais as limitações em intervalo de tempo mais curto. 

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