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Editorial.

Reabertura comemorada, mas com cautela

Publicado em 21/08/2020 às 07:51.Atualizado em 27/10/2021 às 04:20.

Belo Horizonte deu, nesta quinta-feira, mais um passo importante no processo de retomada das atividades depois da interrupção causada pela pandemia de Covid-19. As lojas passam a funcionar de segunda a sexta-feira; bares e restaurantes, que antes trabalhavam apenas em regime de delivery, poderão servir refeições no horário de almoço, e mesmo o acesso a praças e espaços de prática física volta a ser permitido. Conjunto de decisões tomadas em respeito aos índices que monitoram a evolução da situação sanitária na capital. E que, do ponto de vista econômico, trazem alento a setores duramente impactados, depois de praticamente cinco meses de incertezas - vale lembrar que uma primeira tentativa foi feita em maio, mas acabou ensejando um recuo.

É sempre importante lembrar que todos os movimentos no sentido de uma reabertura são pensados num cenário que ainda inspira muitos cuidados. De forma gradual aparecem os primeiros discretos sinais de cedimento do platô, mas os números seguem preocupantes - seja de novos casos, óbitos e de ocupação de leitos de cuidados intensivos. Não pode haver erro maior no momento que acreditar que a guerra, para usar a expressão adotada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), está vencida.

Mais do que nunca será fundamental manter todas as medidas protetivas e preventivas, já que a circulação de pessoas tende a ser maior e, consequentemente, o risco de contágio. Não se deve considerar as novas medidas um sinal verde para baixar a guarda, ou acreditar que o momento é de retomar integralmente a rotina pré-pandemia. Manter o atual estágio e avançar aos demais será tão mais factível quanto houver a consciência de todos de seu papel diante de um inimigo invisível e implacável. O uso da máscara hoje deve ser, mais do que o cumprimento de uma obrigação, um sinal de respeito para com o semelhante. Tanto mais que o número de portadores assintomáticos da Covid é infinitamente maior do que o registrado pelos testes de diagnóstico.

Não é momento de correria às lojas, praças e restaurantes, mas de acesso a eles de forma cautelosa, respeitando o distanciamento social e evitando acima de tudo as aglomerações. Até mesmo para afastar o risco de nova onda de casos que acabe provocando novos passos para trás. É tempo de justificar a condição tão associada ao mineiro de desconfiado, enquanto há um risco à espreita, nada insignificante.

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