Na capital mineira, existe uma lei em vigor obrigando o cidadão a usar máscaras, um equipamento de proteção individual considerado pela comunidade científica e médicos um dos mais simples e eficazes para frear a taxa de transmissão do novo coronavírus que, aliás, voltou a ficar acelerada.

Por enquanto, é a melhor proteção disponível. E, ao que tudo indica, seguirá assim por mais alguns meses, até que se possa então contar com vacinas eficientes e seguras para imunização em larga escala. 

Tais informações já deveriam ser suficientes para que todos usassem máscara, pelo bem do coletivo. Mesmo quando, por qualquer razão, não se acredita nos perigos da pandemia que segue ceifando milhões de vidas e lotando hospitais mundo adentro. Mas somente pelo fato de que foi estabelecida uma regra. Infelizmente, não acontece assim.

Com as regras estabelecidas pelo poder público para garantir a reabertura do comércio - que sim, claro, sofre ainda no caixa os efeitos perversos da quarentena e do isolamento social na economia - não é muito diferente. Muita gente ignora, empresário e clientela. 

Tanto que a fiscalização foi reforçada agora que a curva de contaminação voltou a subir. Limite de pessoas dentro dos estabelecimentos, uso de máscaras por funcionários e consumidores, horário de funcionamento. Quase tudo é descumprido em muitos locais. Isso só piora tudo. Para todos!

Mais do que a força de uma legislação em vigor, deveriam prevalecer o bom senso e o senso de cidadania para cumprimento delas. Para que o choro, o lamento, o luto sejam minimizados o quanto antes, e para que as estatísticas deixem de assustar. 

É uma questão de responsabilidade mútua, de esforço coletivo imprescindível e imperativo neste momento para que mais rapidamente sejam criadas as condições de todos voltarmos ao mais normal possível. Se é que isso voltará a ser possível!