Editorial.

Volta dos clubes exige cuidados

Publicado em 25/09/2020 às 21:37.Atualizado em 27/10/2021 às 04:38.

O sábado marca a reabertura dos clubes de lazer em Belo Horizonte, um dos últimos setores a integrar o processo de retomada das atividades na capital mineira depois do período mais rigoroso de restrições à circulação. Já em junho, quando da primeira tentativa de relaxamento das regras de enfrentamento à pandemia, havia a expectativa do setor de poder se unir aos demais e reabrir as portas, dentro dos protocolos sanitários adequados. Uma cartilha elaborada sob a liderança do Minas Tênis, e que embasou as normas divulgadas pela Prefeitura em julho, quando não havia ainda um horizonte definido.

Apenas considerando-se BH, estima-se em 10 mil o universo de trabalhadores vinculados aos clubes de lazer, e em 500 mil o de sócios e dependentes. Do ponto de vista econômico, é inegável o impacto provocado no funcionamento dos mesmos - em vários casos houve iniciativas para tentar mitigar a situação dos frequentadores, impedidos de fazer uso das instalações. Por outro lado, ainda que com um esquema reduzido de atividade, muitos custos de manutenção não foram interrompidos, o que exigiu uma boa dose de ginástica para manter o orçamento sob controle.

Assim como os demais setores da vida da capital, também no caso dos clubes foi levada em conta a indicação do comitê de enfrentamento da PBH e seus especialistas. Não se pode ignorar o fato de que, na origem, os espaços de lazer lidam tradicionalmente com um número significativo de pessoas, o que tornou ainda mais crítica a programação de retorno. Ao mesmo tempo, e especialmente considerando-se o longo período de inatividade física de boa parte da população, as atividades ao ar livre se mostram especialmente importantes e necessárias. 

Também neste caso é fundamental que todos entendam seu papel e ajudem no que é notadamente um esforço conjunto. A sociabilidade em tempos de Covid-19, as conversas animadas à beira da piscina e mesmo o convidativo banho em dias de sol forte exigem cuidados, cautela, distanciamento e atenção. E por mais que cada clube se esmere em oferecer as condições adequadas, é praticamente inviável monitorar o comportamento de cada um de seus frequentadores. Placas, sinalizações, regras e indicações são, mais do que nunca, de respeito e cumprimento necessários. 
 

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