Muita gente torce o nariz para as eleições, sobretudo as municipais, consideradas de menor monta por quem prefere acreditar que há peso maior no processo de escolha do presidente e dos representantes do Congresso. Ledo engano!
É nas cidades que a eleição tem ainda mais peso e importância. É nas cidades que a relação entre eleitor e eleitos é mais próxima. É onde o cidadão pode experienciar mais de perto todo o processo, bem como sofrer mais diretamente os impactos de uma escolha equivocada.
E neste ano, por conta dos graves efeitos causados pela pandemia em diversos setores da sociedade, a escolha de prefeitos e vereadores terá potencial econômico decisivo como nunca antes visto na história do país. Afinal, os municípios são o motor da microeconomia e, por isso mesmo, refletem ou evidenciam mais as desigualdades.
Portanto, a definição do candidato mais preparado para pensar estratégias capazes de gerar emprego e renda será fundamental para a retomada econômica.
É necessário, sim, neste momento em que o desemprego atinge quase 14 milhões de brasileiros e que grande parcela dos assalariados teve a renda achatada, que o chefe do Executivo a ser eleito tenha propostas consistentes para resolver as defasagens emergenciais para melhorar o nível de renda da população mais carente e também a longo prazo, para não ficar dependendo apenas de recursos da União.
Cabe ao eleitor pensar nisso com seriedade antes de ir às urnas. Depois da votação, não vai adiantar de nada ficar reclamando da vida.