
Desde os anos 70 do século passado, o sistema ferroviário no Brasil atendeu, majoritariamente, ao transporte de cargas. Tudo que era produzido no interior do país era escoado para os grandes centros e para os portos por ferrovias. Enquanto isso, o transporte de passageiros ficou restrito a algumas poucas linhas (lembram-se do Vera Cruz, que ia de Belo Horizonte ao Rio?)
Nos anos 90, algumas poucas linhas de caráter turístico foram reativadas, como a Maria Fumaça de São João del Rei a Tiradentes. Mas o transporte de volumes maiores de passageiros andou parado no país, até que algumas linhas foram sendo reativadas nos últimos anos. Entre elas, destaca-se o Trem da Vale.
Reativado em 2014, ele faz o percurso da Estrada de Ferro Vitória-Minas, indo da Estação Central de Belo Horizonte até a estação de Pedro Nolasco, em Cariacica, na grande Vitória, em um percurso de 664 quilômetros, em 13 horas.
Em um ano, transportou cerca de 1 milhão de passageiros, que embarcaram e desembarcaram ao longo das diversas estações do seu trajeto (como Governador Valadares e Ipatinga).
A viagem é diária, o que faz dele o único trem de passageiros do país que percorre longas distâncias diariamente.
A passagem custa, só para a ida, R$ 65 (na Econômica) e R$ 95 (na Executiva, mais confortável, com serviço de bordo). Os vagões têm ar-condicionado, mesinhas e tomadas, mas ainda não têm wi-fi.