(Lucas Prates)
MARRAKESH – A exótica Marrakesh também amanheceu diferente na quinta-feira (19). Antes pintada de preto e branco, encontrar uma camisa do Atlético pelas ruas se tornou tarefa ingrata. Os véus e burcas voltaram a dominar a cidade africana. O alvinegro foi praticamente deixado de lado.
A Praça Jemaa El-Fnaa, antes ponto de concentração de atleticanos, começava a ser tomada por moradores e turistas de muitas outras partes do mundo. Apesar da decepção, o advogado Cláudio Domingos e sua esposa, Maria Isabel Lopes Costa, do Bairro Camargos, em Belo Horizonte, eram dos poucos a usar a camisa alvinegra. “A gente sofre, mas tem a paixão pelo time que sempre fala mais alto. O Atlético sempre nos dá essas tristezas. Não tem jeito”, diz ele.
Enquanto os alvinegros externavam sua decepção, os marroquinos pareciam não acreditar que tinham despertado na quinta-feira com o Raja Casablanca na final do Mundial. Com camisas, bandeiras e cachecóis, eles brincavam com cada torcedor mineiro que aparecia. Se no futebol os marroquinos ainda estão longe de ser exemplo, pelo menos no trato com a torcida adversária eles dão um show. Tudo acontece em clima de muita brincadeira e descontração.
(*) Enviado especial