(Ze Takahashi/Agencia Fotosite )
De carona, anuncia o lançamento do seu livro “Caderno de Roupas, Memórias e Croquis” (300 páginas) para o final de julho, com prefácio da consultora e jornalista de moda Regina Guerreiro. Antes disso, no dia 14 de julho, Fraga abre o Festival Saci (Sociabilização, Arte e Cultura na Infância), com o desfile da linha infantil “Ronaldo para Filhotes”, no Parque Municipal, com a presença na passarela de modelos-mirins e dos filhos Ludovico, 10 anos, e Graciliano, de 8.
Entre um gole de café, uma fatia de queijo trança e nacos de pão de queijo, Fraga repassa as páginas de seu lindo caderno da nova coleção, um compêndio de imagens, recortes e detalhes preciosos, registrados durante quase seis meses de trabalho.
A mesma magia que contagiou o público durante o desfile, agora se descortina em croquis vestidos de exuberantes estampas ou na singeleza da organza, que sublima a delicadeza de bordados de folhas e de pena de pavão, trabalho das bordadeiras de Pirapora.
Já nas primeiras páginas do caderno, registros de peças em linho branco sujo e marfim. As mesmas são enriquecidas com a alfaiataria dos anos 20 e destacam a chegada do estrangeiro ao Estado. Não à toa, Fraga, que se intitula turista aprendiz, adentrou a passarela de calça e blazer de linho talhados em alfaiataria (curingas do seu guarda-roupa atual).
A coleção segue a máxima da arejada floresta, com looks sensuais e femininos, enaltecendo o corpo em estampas e adereços.
“O Pará se revelou em mim como a terra do superlativo”, afirma o estilista, que se inspirou na carta de Mario de Andrade a Manoel Bandeira para compor seu manifesto eloquente na voz de Zélia Duncan ao final do desfile.
"O Pará se revelou em mim como a terra do superlativo", afirma Ronaldo Fraga (Foto: Arquivo Hoje em Dia)