Os anos 80 em trinta filmes

Beth Barra - Do Hoje em Dia
15/07/2012 às 11:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:34
 (Divulgação)

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O mês de julho é temperado pelos anos 1980 no Turner Classic Movies e até dia 30 o canal exibe diariamente, sempre às 22h05, um longa do período. Comédia, drama, ficção, horror, e romance integram o cardápio oitentinha do TCM. Neste domingo (15), é a vez de "Scarface" (1983), com Al Pacino, remake do aclamado "Scarface - A Vergonha de uma Nação" (1932), de Howard Hawk.

O original é considerado um dos paradigmas dos filmes de gângster da década de 30, em lista onde figuram, ainda, "Inimigo Público Número 1" (que teve refilmagem recente com o francês Vicent Castel) e "Alma no Lodo". Esses três originais norte-americanos, produzidos numa época de turbulência, simbolizam o gênero.

Ainda sobre o "Scarface", de Howard Hawk, existem curiosidades e lendas. Entre elas, a de que Al Capone foi fã número 1 do filme; outras de que o sentimento incestuoso de Tony por sua irmã incomodou a censura, assim como a possibilidade de o bandido sair livre ao final.

Hawk teria feito as mudanças, porém, diante de novas exigências, fez o filme, como imaginou, ignorando, inclusive, a possibilidade de ver suspensa sua exibição nos cinemas.

Em 1983, o mundo era outro quando Brian De-Palma investiu no projeto de refilmar Scarface. O elenco, com Al Pacino vivendo o violento Tony - agora Montana, e não Camonte, mais Mary Elizabeth Mastrantonio, Michelle Pfeiffer e Pepe Serna nos papeis principais, foram um trunfo do diretor.

Palma manteve a espinha dorsal do Scarface de 1932, com Tony matando o chefão, sua paixão incestuosa pela irmã e a série de crimes e violências que o levaram ao topo da escala entre as organizações criminosos. Scarface é de uma violência brutal e Al Pacino encarna com absoluta paixão seu angustiado personagem, movido a álcool, drogas, sexo, desejo reprimido e ausência de dilemas morais. O ator experimentou brilhantemente o gênero em O Poderoso Chefão, a trilogia iniciada em 1972 por Coppola.

Apesar de criticado por uma interpretação exagerada, quase caricata do gângster Tony Montana, deve-se lembrar que Al Pacino costuma ser visceral em suas composições. No filme de Brian De Palma, Tony chega aos Estados Unidos em uma leva de 125 mil cubanos, enviados por Fidel Castro.

O filme é ambientado em 1980 e Tony Montana persegue o sonho americano de riqueza e poder. Ele segue o caminho da violência e das drogas em uma Miami efervescente e corrompida. Tony apaixona-se pela amante do chefão (Michelle Pfeiffer) e manda matá-lo. Elimina o amante da irmã, revelando seus sentimentos incestuosos. A cena final é um misto de orgia e violência, quase indigesta.

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