Sonho realizado. Foi assim que os quatro atletas do The Ultimate Fighter (TUF) descreveram a oportunidade de disputar a final do torneio durante o UFC BH, que será realizado no próximo sábado (23), no Ginásio do Mineirinho. Ao lado de feras do MMA, os “calouros” Rony “Jason”, Godofredo “Pepey”, Cezar “Mutante” e Sérgio Moraes mostraram que vieram para ficar, apesar da timidez peculiar de quem ainda se assusta com a dimensão de sua conquista.
Velhos rivais
Os pesos leves Pepey e Jason se conhecem de longa data. Eles já estiveram frente a frente em 2009. À época, o primeiro levou a melhor em um torneio de jiu-jítsu, em Fortaleza. Nesta quarta-feira, porém, prefeririam medir as palavras. Godofredo deixou de lado as provocações e enalteceu a busca por um contrato com a elite do MMA. “Sempre trabalhei duro. Já é um sonho estar aqui, ao lado dos melhores lutadores do planeta. Treinei duro pensando no sábado e vou dar o meu melhor”, ponderou.
Menos comedido e sem sua máscara tradicional que lhe rendeu o apelido, Jason agradeceu a oportunidade de subir ao octógono e criticou aqueles que pretendem protestar contra a violência do MMA. “Cada segundo que vivi até aqui valeu a pena e quero mostrar que sou capaz. Quanto aos que farão protesto, peço que pensem que graças ao MMA estamos salvando a nossa família”, avaliou Rony, que ganhou apoio de Wanderlei Silva, respondendo para eles protestarem contra o contra o crack, não contra o esporte.
Rindo à toa no UFC
Entre os lutadores que participaram dos treinos, os mais empolgados eram os finalista da categoria peso-médio (até 84 kg) do TUF, Cezar Mutante e Sérgio Moraes. Cada um por um motivo, mas ambos com o sorriso estampado no rosto.
Cezar que é paulista, mas foi radicado em Belo Horizonte, aproveitou para pedir o apoio local e se definiu como um lutador de Minas Gerais. “Não vou ser só eu no octógono. Estarei em Belo Horzionte. Serei o representante oficial de Minas no UFC. Minha família é toda de Araxá, e eu sempre treinei aqui, por isso tenho que fazer bonito para representar bem esse estado que mora no meu coração”, disse o lutador.
Já Serginho transpirava felicidade, tudo graças a oportunidade de lutar no card principal, já que ele havia sido derrotado nas semifinais do TUF e, com a lesão do autêntico finalista Daniel Sarafian, foi escolhido para ser o substituto. “Nunca torci para que ninguém machucasse, mas infelizmente isso aconteceu e me colocaram no lugar do Daniel para essa final. Mas o que me deixa mais feliz é o fato de eu ter sido escolhido como substituto pelo Dana White”, disse.