Com "Trelêlê", Aíla é revelação Pop do Pará

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
10/07/2012 às 10:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:27
 (Divulgação)

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O sucesso atual de Gaby Amarantos é mais uma prova de que o Pará está na moda. Mas o Estado nortista tem muito mais a oferecer além dos artistas mais tocados nas “aparelhagens” (festas populares de Belém). Há vários nomes da música pop com potencial para arrebatar o público sulista. Caso de Aíla, cantora que acaba de lançar seu primeiro disco, “Trelêlê”.

Realizado com recursos do programa Conexão Vivo por meio da lei estadual de incentivo do Pará, o álbum tem tudo para agradar os moderninhos dos lados de cá. Seu som bebe de sons regionais tradicionais (como a guitarrada, o carimbó e a lambada), mas ao mesmo tempo soa contemporâneo.

Segundo a artista, a intenção era fazer um trabalho que soasse pop, mas não cafona, como acontece com a maioria dos paraenses que se destacam nacionalmente. “Fiz uma boa pesquisa sobre a música paraense, queria que tivesse um timbre latino. Queria dialogar com tudo daqui, mas ao mesmo tempo não ser de lugar nenhum”, afirma Aíla.

Em “Trelêlê”, ela mostra apenas seu lado intérprete. Recebeu mais de 500 músicas de compositores de seu Estado para compor o repertório. Escolheu nove novidades e optou por duas regravações: a popularíssima “Dona Maria”, de Pinduca (que aqui ganha uma versão menos rápida), e “Garota”, de Alípio Martins, uma música que Aíla costuma ouvir na infância.

Fora do padrão

A produção ficou a cargo de Felipe Cordeiro, jovem músico que este ano ganhou ótima atenção da mídia graças a seu ótimo disco “Kitsch Pop Cult”. Ele é o autor de três faixas da estreia fonográfica de Aíla.

“Conheci Felipe em 2009 e logo fomos tocar juntos em bares de Belém. Por convivermos muito juntos, senti que ele era a pessoa que mais me conhecia e era quem deveria produzir o álbum. Foi uma experiência incrível para os dois”, diz.

Para o projeto gráfico de “Trelêlê”, Aíla convidou a artista plástica paraense Roberta Carvalho. “Queria algo colorido, mas que fugisse do padrão. Pesquisamos um tema e chegamos ao Holi Festival, uma celebração hindu em que as pessoas jogam pós coloridos umas nas outras”, explica.

Ainda não há previsão para um show de Aíla em Belo Horizonte. Ela se apresentou no Rio de Janeiro, em maio, e pretende tocar em São Paulo no mês que vem. A artista teve projeto de circulação aprovado no Pará e está em busca de patrocinador.

Escute o "Trelêlê" da moça:
 

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