De olho no Carnaval, "Baile do Sapuca" ganha formato disco

Raphael Vidigal - Do Hoje em Dia
23/12/2012 às 08:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:58
 (Sércio Freitas/Divulgação)

(Sércio Freitas/Divulgação)

“Tenho a consciência de que o público, às vezes, nem presta atenção (no que está acontecendo no palco), está lá para azarar”, confirma Leandro Sapucahy, ao repercutir o estilo do trabalho “Baile do Sapuca - Sapucapeta”, lançado no mercado em formato DVD pela gravadora Sony Music.

Gravado no Rio de Janeiro, na casa de shows Marina da Glória, o baile nasceu no Leblon, em frente à loja da estilista carioca Isabela Capeto. “Despretensiosamente, de maneira muito espontânea”, lembra Leandro.

O boca-a-boca se incumbiu de fazer a propaganda e o que era um encontro de amigos acabou se transformado em verdadeiro fenômeno de proporções nacionais, lotando espaços também em Brasília e no Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia e São Paulo.

PARTICIPAÇÕES

Com convidados de forte apelo popular, como Marcelo D2, Naldo e Fernanda Abreu, e amigos como Preta Gil, presente desde o início do projeto, e “dando moral” à iniciativa, o audiovisual enfileira sucessos de Tim Maia a Nando Reis, passando por pagode, funk, samba e rock, sempre com o viés preponderante do consumível pelo mercado.
“Só tem música pra cima, descontraída, animada. Não tem nenhuma lamuriosa”, declara Leandro.

O estranho no ninho entre as participações é o rapper Emicida, convidado especialmente para o registro, em virtude de uma admiração por parte de Sapucahy e a percepção de que a canção “Nega Boy” encaixava-se perfeitamente no universo do artista. O clima de festa, no entanto, não cai, e mantém a euforia em todos os momentos.

CARREIRA

Produtor de discos como o que o cantor e compositor Marcelo D2 dedicou a Bezerra da Silva, Leandro também já se arriscou no gênero “tributo”, há quase três anos, quando prestou honras ao saudoso Roberto Ribeiro, em um trabalho caprichoso (“Leandro Sapucahy Canta Roberto Ribeiro”), mas de pouco alcance de massa.

“Num projeto como o ‘Baile’, às vezes até me divirto mais. Conheço o público ao qual direciono cada tipo de disco. O dedicado a Roberto tinha outra linguagem, com arregimentação cuidadosa, exige uma reflexão”, pondera.

Em relação à possibilidade de qualidade artística e vendagem conviverem juntos, o entrevistado prefere caminhar entre as duas, separadamente. “Para fomentar uma carreira de substância é preciso paciência. Hoje, graças a Deus, tenho um número bom de êxitos, estou satisfeito”, admite, para depois completar. “Ao mesmo tempo, traço essa linha de produtos que trazem, de forma mais imediata, o retorno numérico”.

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