Gravado no Morro Dona Marta, DVD acústico do Natiruts traz sucessos

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
08/10/2012 às 12:02.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:55
 (Sony/Divulgação)

(Sony/Divulgação)

O formato acústico ficou tão desgastado que nem mesmo a MTV, que tanto bebeu da fonte, quer mais apostar nessa fórmula. Mesmo assim, a banda Natiruts decidiu comemorar seus 15 anos de carreira com um registro audiovisual desplugado, com o DVD "Natiruts Acústico".

"Escolhemos esse formato porque nossas músicas ficam bem acústicas. É diferente de várias bandas consagradas que vi fazerem acústicos, mas ainda soarem bem melhor em versões elétricas", justifica o vocalista Alexandre Carlo. Se o formato é antigo, a banda inovou em relação ao cenário. A gravação aconteceu no mirante do Morro Dona Marta, contando com o belo visual da zona Sul do Rio de Janeiro ao fundo. Melhor ainda: o show aconteceu em meio a um pôr do sol.
Com filmagens externas, em um horário de alta variação de luz (qualquer erro é fatal), o risco de que algo saísse errado foi grande.

"Foram dois dias de gravação, sendo o primeiro sem o público, só para acertar os últimos detalhes. Neste dia, havia um grande nevoeiro", lembra Alexandre Carlo. "Mas felizmente, no segundo dia, abriu um sol lindo", comemora.

Sucessos

O DVD chega às lojas por meio da Sony Music, mas a gravação (da mais alta qualidade) foi feita de forma independente – a banda trabalha sem gravadora desde 2002.

No repertório, estão sucessos de carreira, como "O Carcará e a Rosa" e "Liberdade para Dentro da Cabeça". Há ainda as três inéditas "Supernova", "Dentro da Música II" e "Já Chorei Demais".

São três participações: Luiz Melodia, em "Pérola Negra"; a argentina Sônia Savinell, em "Sorri, Sou Rei"; e Flora Matos, em "Esperar o Sol".

Para Alexandre Carlo, o DVD vai agradar tanto aos fãs do reggae quanto aos amantes da música pop. Questionado se lhe incomoda as críticas feitas pelos regueiros mais puristas, o vocalista responde que "os fãs de reggae jamaicano naturalmente não vão gostar".

"Mas não me preocupo com esse público. Há pessoas que se apoderam do reggae como se fosse algo somente deles", afirma o músico.

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