Conhecida em São Paulo pelo show "I Love Amy", em que interpreta canções de Amy Winehouse, Miranda Kassin mostra agora, ao resto do país, que é uma artista completa. A moça acaba de lançar "Aurora", seu primeiro álbum solo, com oito faixas compostas por ela, em parceria com André Frateschi (maridão e companheiro de empreitadas musicais), Fábio Pinczowski e Mauro Motoki (produtores do disco).

A exemplo de alguns dos melhores trabalhos que têm chegado ao mercado, "Aurora" foi registrado de forma caseira. Miranda se refugiu por cinco dias, com sua equipe, em um sítio do interior de São Paulo e gravou tudo ao vivo, contando com Radar, uma tecnologia digital que imita os recursos analógicos de outrora.

"Foi muito interessante a oportunidade de nos confinarmos porque, quando alguém tinha uma ideia sobre uma melodia, logo tínhamos tudo montadinho para colocá-la em prática", conta Miranda, que está tentando fechar uma data para se apresentar em Belo Horizonte no próximo mês.

Soul

Com essa produção caseira, Miranda pôde fazer um álbum que se aproxima da sonoridade dos antigos discos da soul music, escola em que trafegou por toda sua carreira como cantora – além de "I Love Amy", ela tem, em seu repertório, o show "Divas do Soul".

"Se você reparar, vai ver que a bateria soa diferente neste disco. Como a sala do sítio era bem espaçosa, colocamos a bateria em um mezanino. Em alguns momentos, ela soa longe", explica Miranda, que também é atriz e leva esse talento performático aos palcos.

Miranda já havia gravado um álbum anteriormente, mas explorando o lado de intérprete. "Hits do Underground" foi criado com Frateschi, que já trabalhou em novelas e minisséries da Rede Globo. Eles estão juntos há seis anos.

"Agora a gente sempre faz música, se diverte muito. É incrível como conseguimos compartilhar momentos maravilhosos com música", diz.

Despertar

O título escolhido para o álbum representa não apenas a estreia da artista em carreira solo, mas também toda uma mudança em sua trajetória. "Aurora tem a ver com meu despertar, meu amadurecimento pessoal e profissional. Aurora é aceitar a vida como ela é", conta a artista, que, mesmo com enfoque no trabalho autoral, não pretende deixar de lado o show "I Love Amy".

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