Onda retrô contagia artistas de todo o mundo

Clarissa Carvalhaes - Do Hoje em Dia
24/06/2012 às 13:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:03
 (Divulgação)

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“Ele tinha que ter nascido em P&B”, brinca o guitarrista Guto Borges, crooner da Orquestra Mineira de Brega, referindo-se ao cantor e compositor Leonardo Marques. O músico consente: “Passei um bom tempo morando em Los Angeles e, na época, trabalhava em uma loja de instrumentos onde todos os móveis eram bem antigos. Até os próprios instrumentos. Aquilo me agradou de tal maneira que comecei a montar minha casa com essa cara de design vintage”.
Obviamente, a onda migrou para suas roupas, carro, estilo... “E, claro, para minha música”, diz Marques, integrante da banda Transmissor e que acaba de lançar seu primeiro CD solo, “Dia e Noite no Mesmo Céu”.

O músico inclusive inspirou-se no conceito retrô para produzir as nove faixas do disco – todas carregadas de psicodelia sessentista e da nostalgia melódica do Clube da Esquina. De Leonardo Marques o público recebe, de “novo”, a disposição das músicas, que podem ser baixadas gratuitamente no site oficial do moço.

Vinil ressuscitado

Remando contra a maré, os meninos Fusile bateram o pé e gravaram “The Coconut Revolution” em vinil. “Numa época na qual as músicas rapidamente estão disponíveis na internet, criar um álbum nesse tipo de mídia é um diferencial. Romanceado, é verdade, mas desde o início queríamos oferecer um conteúdo que levasse o público a desejá-lo de fato. As músicas por si só estão na internet para todo mundo ouvir”, diz o vocalista da trupe, Shairon Lacerda, justificando a aposta.
 

Fusile (Divulgação)

Influências acabam por desaguar nas canções

Baixista do Dead Lover’s Twisted Heart’s, Vinícius Morais faz questão de advertir: “Não é só uma onda de ‘ser vintage’, sabe? É claro que eu gosto de usar suspensórios e aquele bigodinho dos anos 1950. É um hobby que começou despretensiosamente e que remete ao bom e velho rock´n´roll– exatamente como ele foi criado”. O melhor de toda esta história, acrescenta ele, é que o público que acorre aos shows da banda gosta desta iniciativa. “Eles se divertem com nosso visual retrô de todos da banda. Um estilo que chega até às nossas músicas. Então todos nós, dentro e fora do palco, saímos ganhando no fim das contas”, brinca Morais.

O vocalista do Cérebro Eletrônico, Tatá Aeroplano, que prepara para o segundo semestre o lançamento do seu primeiro álbum solo, faz coro com o baixista e completa: “Raul Seixas, Elvis Presley, Francisco Alves, Novos Baianos e o pessoal da Jovem Guarda são artistas que são referência para mim. Por isso, quando vou criar, revivo, mesmo inconscientemente, toda essa turma. Essa influência para na canção”.

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