(Flavio Tavares)
Rodrigo Lana prefere dizer que vai fazer na sexta-feira (3) um show e não um concerto. Embora seja um pianista com formação quase pronta – ele está prestes a terminar o curso de piano na Escola de Música da UFMG –, o músico não gosta de distinções entre música erudita e popular. "Quero quebrar aquele formalismo da música de teatro", diz.
"Música sobre Teclas" é o eclético show que o pianista apresenta amanhã, na sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes.
Em seu repertório, estão clássicos – Beethoven e Bach – e composições contemporâneas. "Estou preparando algumas composições de amigos de Belo Horizonte. Mas isso vai ser uma surpresa", acrescenta o instrumentista, que também pretende interpretar composições próprias e de ídolos, como Egberto Gismonti.
Lana toda a vida gostou de ouvir compositores clássicos, mas sempre esteve de olho no que há de interessante na contemporaneidade. Tanto que hoje faz questão de curtir em casa os trabalhos dos jovens artistas mais comentados da cena mineira: Gustavito, Urucum na Cara, Quebrapedra, Graveola e o Lixo Polifônico. "Hoje a cidade tem uma cena muito forte", garante o pianista, que gosta de improvisar em seus shows.
Aos 26 anos, Rodrigo Lana se divide entre vários projetos – característica comum aos músicos de sua geração. Com o amigo Matheus Félix faz o duo Félix Lana, que deve lançar o primeiro álbum em breve.
Ele tem também o projeto Song of Beatles, que busca versões diferenciadas (mais jazzísticas) para as pérolas do FabFour.
É ainda um dos fundadores do Diapasão, grupo experimental iniciado em 2004 e que já tem dois discos lançados. O terceiro deve vir no início de 2013. "Estamos ainda decidindo como será o álbum. Queremos que seja bem diferente do anterior", diz o músico, que foi premiado pelo BDMG Jovem.
Show de Rodrigo Lana na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537, Centro). Sexta-feira (3), às 20 horas. Ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).