Samba autoral de qualidade para renovar o repertório

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
02/12/2012 às 08:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:59
 (Patricia Albuquerque/Divulgação)

(Patricia Albuquerque/Divulgação)

Quem frequenta shows e rodas de samba, sabe quais são as músicas mais pedidas. Composições de Adoniran Barbosa, Chico Buarque, Cartola, Nelson Cavaquinho e Arlindo Cruz não podem ficar de fora do repertório. Mas, talvez, a maioria não saiba que tem muita gente boa por aí fazendo samba autoral.

Em Belo Horizonte, há dois grandes destaques entre os que fazem bons sambas autorais: o Zé da Guiomar e o Capim Seco. O primeiro grupo, que se apresenta no próximo dia 17 no Vinnil Cultural Bar, lançou este ano o álbum “Samba Feiticeiro”, que mescla repertório inédito com releituras em uma homenagem ao samba da Bahia.

O Capim Seco estreou fonograficamente, no início do ano, com “Semba”, que traz referências bastante nítidas de Clara Nunes e o jeito mineirinho de investir no gênero.
 

Por aqui, o samba influencia trabalhos muito bacanas de quem trabalha com a música instrumental – caso do violonista Thiago Delegado, que se vale ainda das influências do choro e do jazz, e da banda Senta a Pua!, que busca resgatar as sonoridades das antigas gafieiras.

Por todo o Brasil, é possível encontrar projetos interessantes de samba. Na terra do frevo e do maracatu, está uma banda que anda com os dois pés fincados na tradição, contando com letras muito bem feitas: o Pouca Chinfra. É de Recife que também vem a ótima Banda Seu Chico, que interpreta criações de Chico Buarque ao som desse gênero dançante.
 

Já em São Paulo, quem quer conhecer a boa música autoral local tem que visitar o projeto Samba da Vela, realizado sempre às segundas-feiras, em um espaço cultural do bairro Santo Amaro. Lá, sambistas de todas as idades se reúnem para cantar composições próprias – mas quando a vela se acaba e apaga, é hora de todo mundo ir embora.
 

Mas uma boa batucada também pode ser coisa de roqueiro. Prova disso é o trabalho realizado pelo grupo Huaska, que este ano lançou o álbum “Samba de Preto”. Trata-se de um rock pesado com cavaquinho, cuíca e muito mais que o samba pode oferecer. A faixa-título conta com a diva Elza Soares.

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