Tecladista grego Yanni se apresenta em Belo Horizonte

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
16/10/2012 às 10:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:15
 (T4F/Divulgação)

(T4F/Divulgação)

Yanni não gosta de adiantar o repertório de seus shows. Certa vez, ficou incomodado ao ver o set list que estava preparando para uma apresentação ser divulgado em um site.

Assim, o tecladista grego, que no próximo dia 14 completa 58 anos de idade, prefere dizer que vai mostrar "um pouco de tudo" o que gravou em seus 12 álbuns de estúdio no show que traz na noite desta terça-feira (16) à capital mineira, no palco do Chevrolet Hall.

Seja como for, ele promete trazer, para a turnê sul-americana, "uma música novíssima", que não havia sido sequer batizada, no mês passado, quando conversou com o Hoje em Dia por telefone. "É uma música apaixonante e forte, que certamente vai agradar ao público. Acabei de passar para a banda e será tocada em primeira mão na turnê pela América do Sul. Acredito que o público irá se divertir muito (com ela)", afirma Yanni.

Algumas das músicas que serão apresentadas em Belo Horizonte podem ser conferidas no DVD "Yanni: Live at El Morro, Puerto Rico", lançado no primeiro semestre deste ano pela Sony Music. O show, transmitido para vários países pelo canal televisivo PBS, conta com "Truth of Touch", "Voyage" e "Vertigo", do último álbum de estúdio, "Truth of Touch", lançado ano passado.

Parte do repertório vem do álbum "Mexicanismo", em que, como o título indica, o músico interpreta músicas tradicionais mexicanas, um caminho diferente dentro de sua discografia. "É um belo álbum, que ainda soa novo. O público adorou, em vários lugares. Toquei o repertório na China, em Omã, em Moscou, e sinto que continua pegando as pessoas", diz Yanni, lembrando que, há pouco tempo, realizou um show dentro do Kremlin, a bela fortaleza da capital russa.

Dedicação

São 35 anos de carreira, mais de 20 discos lançados, 20 milhões de cópias vendidas no mundo, shows em mais de 20 países. Esses números só são possíveis porque Yanni é um homem totalmente dedicado ao trabalho.

"Estou sempre gravando no estúdio ou viajando com turnês. Tenho férias duas ou três semanas por ano, para descansar", explica.

O artista afirma que não se preocupa com fórmulas de sucesso, pois sua preocupação é expressar seu amor pela música e, consequentemente, ver o público se divertir com sua criação. "Todas as músicas que fiz foram por uma inspiração do momento. Nunca me preocupei em criar um álbum da moda. Faço simplesmente o que realmente amo".

Dono de uma vasta obra autoral, o artista diz estar sempre aberto à inspiração para uma nova música.

"Estou sempre aberto para a vida, sou um ser humano que sente o mundo como todos os outros, com a diferença de que a música é a minha linguagem ao me comunicar. A música é tudo: o caminho com que me comunico e a forma com que vivo", sintetiza.

"Os gregos são muito fortes", diz

Como se mudou para os Estados Unidos aos 18 anos de idade para estudar, Yanni hoje tem pouca relação com o país em que nasceu. Mesmo assim, lamenta a crise que assola a Grécia há cinco anos.

"Fico triste, afinal os gregos estão sofrendo muito há algum tempo. Meu pai morreu recentemente, mas chegou a ver seu negócio desmoronar por causa da crise. Mas os gregos são muito fortes e imagino que vão resolver esse problema", prevê.

O artista aproveita para dizer que enxerga o Brasil num caminho oposto, com uma expansão econômica invejada pelos países ricos. O fato de ter mais shows por aqui, neste 2012, em relação à turnê feita há cinco anos (desta vez, serão oito apresentações) seria uma prova do aumento do poder aquisitivo do povo brasileiro.

País passional

"No mundo inteiro as pessoas falam sobre o Brasil. Olhando de fora, vejo o país explodindo. Estive no Brasil cinco anos atrás e vi um povo muito passional, que adora música. Sei que a vida no Brasil não é a mesma em todos os lugares, mas o país está mudando para o melhor e estou feliz com isso", analisa.


Serviço

Yanni no Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230). Nesta terça-feira (16), às 20h30. Ingressos esgotados para Cadeira Premium, Setor 1 e Setor 2. Arquibancada: R$ 350 e R$ 175 (meia).

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