(Site oficial/Divulgação)
Você é fã da carreira solo de Eddie Veder? Caso seja, deve ficar atento à música do jovem músico paulista Jorge Sampaio Tupiniquin e seu mais recente disco, "Estrada pro Sol", lançado de forma independente. Não que o artista se inspire no som do vocalista do Pearl Jam, pois suas principais referências estão na MPB (como Zé Ramalho e Clube da Esquina), mas sua voz bastante grave e seu som simples, mas bem arranjado, lembram profundamente o cantor norte-americano.
É difícil não ficar atento ao disco de Tupiniquin. Além da voz muito peculiar, o lado compositor do artista é bastante marcante. Criadas ao longo de dez anos, as letras fogem do feijão com arroz para abordarem assuntos do cotidiano com maior criticidade ou profundidade.
Para uma bela e romântica música de amor ("eu penso em você ao amanhecer/ eu penso em você ao entardecer"), ele deu o curiosíssimo título de "Grávida (sonhei que transava com você)".
"Tropical Punk" é um dos pontos altos do disco e pode ser considerada o desabafo de um homem urbano: "Voo sob os telhados/ não estou mais preso ao mesmo quarto/ eu quero invenção, eu quero imersão".
"Teve um jornalista que me perguntou se tiro as letras de algum livro. Mas não há explicação para as composições, falo sempre o que estou pensando sobre um assunto", diz Tupiniquin. "O que importa é que eu não gosto de coisas repetitivas".
Produzido por Dunstan Gallas e Rian Baptista (Cidadão Instigado), "Estrada pro Sol" foi gravado ao longo de dois anos. Foram gravadas 17 faixas, mas entraram apenas dez, para que atendessem ao conceito, de acordo com o músico. "Escolhi aquelas que poderiam contar uma história". O álbum contou com a participação de Juliana R. na bonitinha "Acácia Amarela". "Chamei a Juliana porque é uma música que pede uma voz feminina. Mas eu prefiro gravar as minhas composições antes de passá-las para outras pessoas. Talvez, no futuro, eu consiga", diz Tupiniquin, que ainda não tem previsão para vir a Belo Horizonte.
http://www.tupiniquin.com