O Toyota RAV4 é um dos precursores, senão o precursor, do segmento dos utilitários-esportivos (SUVs) compactos. A quarta geração do modelo desembarcou no Brasil, em maio, mais urbana do que nunca e seguindo uma tendência que, agora, é a concorrência que dita. O foco, que antes era a capacitação, mudou e a palavra de ordem do novo jipinho é eficiência.
Afinal, são poucos os que pagam R$ 100 mil por um zero-quilômetro para jogá-lo, literalmente, na lama. Por isso, escolhemos a versão de entrada do novo RAV4, equipada com motor de 145 cv combinado à transmissão automática continuamente variável (CVT). A tração é dianteira (4x2).
Como o leitor pode ver, o jipinho da Toyota está mais para a selva de pedra das metrópoles do que para o sufoco das trilhas.
Hábitat
A boa notícia é que o RAV4 não decepciona em seu novo hábitat, em que pese o fato de, pelo preço sugerido de R$ 96.900, ele trazer apenas o obrigatório nesse segmento. Seu grande diferencial, em relação à concorrência asiática, é o fato de a versão “básica” manter a suspensão independente na traseira, em vez de trocá-la pelo eixo de torção.
As novas linhas também evidenciam seu perfil mais citadino e a confiabilidade da marca é o único argumento para justificar o preço salgado – o modelo avaliado é pelo menos R$ 10 mil mais caro que as versões de entrada do ix35, da Hyundai, e do Sportage, da Kia.
Novidades
De qualquer forma, o novo RAV4 traz novidades em relação ao seu antecessor. Por dentro, ele está mais espaçoso, apesar de manter a mesma distância entre-eixos e o estepe, que antes ficava na tampa traseira, do lado de fora, agora fica sob o assoalho do porta-malas – a tampa do bagageiro também troca a articulação lateral pela abertura convencional.
Outra boa notícia é que esta versão foi chancelada como “A” pelo Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro – a melhor nota, no ranking da economia. Todavia, itens como airbags laterais e cortinas infláveis, visor touch screen no console frontal e câmera de ré, entre outros, são exclusivos dos catálogos mais avançados e caros. l