(Fiat)
Automóveis conversíveis são um grande barato. Mesmo em um país quente e violento como o Brasil, em que passear de teto arriado nem sempre é uma boa ideia, não há como negar que esses carros são descontraídos. O Fiat 500 C não foge à regra e é uma verdadeira curtição.
Com uma lista de equipamentos para fazer inveja em muito sedã médio, esse carrinho ainda ostenta a vantagem de ser o conversível mais barato do mercado. Seu conceito recorre a um padrão muito comum nos descapotáveis compactos europeus, em que é mantido o arco das colunas, como no ancestral Topolino. O formato reduz a turbulência dentro da cabine e permite instalação de cortina lateral.
Com o teto totalmente recolhido a visão traseira fica prejudicada, já que as dobras da forração não são embutidas no porta-malas. Mas visão atrás não é o forte desse cabriolet, já que o para-brisas traseiro é diminuto e a grade anti-turbulência fixa acaba comprometendo ainda mais a visibilidade.
Ao contrário do que muita gente acredita, o teto recolhido deve ser utilizado nos dias de sol, mas durante o inverno, já que o calor não é tão intenso. No meses de verão, arriar a capota é praticamente um convite à insolação. Nada o impede de ter a lua como passageira, mas convém prudência por onde se trafega, só para evitar situações perigosas.
Foguetinho
Assim como na versão fechada, o 500 C é um foguetinho. O motor MultiAir 1.4 de 107 cv, associado à transmissão automática de seis marchas, garante um comportamento esperto ao carrinho e seus 13,8 mkgf de torque são mais que suficientes para deslocar seus quase 1.200 quilos.
Para o trânsito urbano e exprimido, poucos são os automóveis que oferecem tanta desenvoltura. Só mesmo a primeira geração do Ford Ka ou o alemão Smart ForTwo são tão práticos no uso diário. Um dos predicados do 500 sempre foi seu bom acerto de suspensão, mesmo tendo carroceria elevada e suspensão de eixo rígido na traseira.
Ao contrário dos trancos da caixa automatizada Dualogic, a transmissão automática é de uma suavidade impressionante, e por ter uma sexta marcha, é possível viajar em velocidade de cruzeiro com rotação baixa e consumo reduzido. Mas não pense que esse carrinho consome combustível como se fosse gotas de floral. Seu consumo no trajeto misto entre rodoviário e urbano é de 9,5 km/l, com uso de gasolina. Com etanol, a média cai para 7 km/l.
O espaço interno é ideal para duas pessoas. Quem vai atrás sofre com a falta de espaço para os joelhos e dores na nuca, pois é impossível elevar o encosto de cabeça por causa da tela de anti-turbulência.
Por causa do teto de tecido retrátil, a tampa do porta-malas e o próprio compartimento de bagagens são mínimos, mas o uso de dobradiças pantográficas permitem um milagre para a acomodação de pequenos volumes.
Indubitavelmente, o 500 é o melhor Fiat do mercado, e a letra C o torna o mais divertido também!