Hyundai começa a fabricar ix35 no Brasil; modelo está ultrapassado no exterior

Homero Gottardello - Hoje em Dia
08/10/2013 às 06:35.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:09

Quem tem mais de 40 anos de idade se lembra muito bem da estratégia que pautava todas as montadoras instaladas no Brasil, até a década de 90. Sem necessidade de investir por aqui, elas lançavam mão das sobras industriais europeias e norte-americanas para dar sobrevida a modelos que ninguém mais queria, em seus mercados de origem.

A globalização obrigou os fabricantes a promoverem uma sinergia mundial entre seus portfólios, mas ainda há muita marca vendendo, para nós, produtos descontinuados lá fora. E o Hyundai ix35 é o mais novo exemplo disso.

Apesar de o utilitário-esportivo (SUV) ter preço salgado – aqui, ele parte de R$ 85 mil, enquanto nos Estados Unidos seu preço básico é equivalente a R$ 45.550 – o modelo que começou a ser feito no país há menos de um mês já está defasado em relação aos irmãos estrangeiros.

Santafe

Tanto o Tucson IX sul-coreano (a partir de R$ 42.990), apresentado em maio, quanto a versão europeia do ix35 e o novo SUV revelado nos Estados Unidos trazem avanços que os posicionam à frente do nosso.

O modelo norte-americano, que é a referência para o nacional, ganhou luzes diodo (LEDs) para iluminação diurna, mesma tecnologia que foi aplicada no conjunto óptico traseiro. Ao contrário do SUV asiático, que ficou bem parecido com o gigante Santafe, o Tucson concentrou as novidades mais significativas no interior.
 
Lá, mais eficiência e segurança
 
Se o Tucson IX sul-coreano já havia adotado o sistema Flex Steer, que dispõe de três modos (Comfort, Normal e Sport) para a assistência elétrica da direção, o modelo norte-americano passa a contar com controle eletrônico de amortecimento (ASD).

Enquanto o nosso ix35 traz apenas duas bolsas infláveis, os utilitários-esportivos estrangeiros têm seis, além do controle eletrônico de estabilidade (ESP). No capítulo das motorizações, tanto o IX quanto o Tucson agora dispõem de injeção direta de combustível (GDi) para as duas unidades movidas a gasolina, 2.0 litros 16V, que vai a 164 cv ou 166 cv, e 2.4 litros 16V, de 182 cv.

A transmissão automática de seis velocidades foi mantida em ambos os modelos, mas ganhou o sistema Active Eco. Como o leitor pode ver, as versões que não falam português mostram o quão desqualificado é nosso mercado, afinal, apesar da relação custo/benefício infinitamente pior, ainda tem gente que faz fila para comprar...

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