O Brasil é o único país do mundo onde ter um automóvel sul-coreano é sinal de status. Pior, os modelos da Kia e Hyundai, que têm os menores preços de seus segmentos na Europa, Japão e Estados Unidos, aqui custam quase o mesmo que um Audi, BMW ou Mercedes-Benz. O prestígio dos fabricantes asiáticos cresceu na mesma medida em que suas marcas se tornaram as maiores anunciantes das revistas especializadas e, de lá para cá, são a bola da vez.

Sorte do leitor que tem neste caderno um oásis de imparcialidade e é exatamente você que deve pensar duas vezes antes de gastar suas economias com o novo i30. O modelo desembarcou no Brasil na semana passada, mais fraco e menos qualificado em termos de construção, com preços 27% maiores que os da primeira geração.

A pegada dinâmica do médio-compacto, que encantou os emergentes, agora faz parte da história. O motor 2.0 litros 16V de 145 cv deu lugar à unidade bicombustível 1.6 litro 16V de 128 cv, a mesma que equipa o HB20. Já a suspensão traseira independente Multi-Link também ficou no passado e, agora, o conjunto usa eixo de torção.

Transmissão

Obviamente, houve ganhos como a substituição da transmissão automática de quatro velocidades por outra, nova, com seis velocidades. Ela, inclusive, equipa as duas versões do modelo, básica (R$ 75 mil) e Top (R$ 85 mil).

Outras novidades, muito bem-vindas por sinal, são o banco do motorista com ajustes elétricos, a direção Flex Steer com três modos de assistência (Comfort, Normal e Sport), o sistema multimídia com tela touch screen de 7 polegadas, leitor de DVDs e navegador por satélite (GPS) embarcado, o freio de estacionamento eletrônico, os faróis com luzes de xenônio e a partida por botão Start/Stop.

Também é óbvio que a maioria das novidades equipa apenas a versão Top, que custa R$ 25 mil mais do que o modelo anterior em sua configuração mais completa. Ligeiramente maior, 5,5 cm, o novo i30 também viu seu porta-malas crescer para 378 litros.

Compartilhar