Preço agressivo do Linea perde força com inclusão de conteúdo

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
06/05/2014 às 07:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:27
 (Marcelo Ramos/Intervenção Josan Ferreira)

(Marcelo Ramos/Intervenção Josan Ferreira)

Firmar um automóvel no mercado não é tarefa fácil e, no segmento de médios, a Fiat vem matando um leão por dia há quase 25 anos, quando lançou o Tempra. Com o Linea, não tem sido diferente. Depois de seis anos de mercado, ao invés de dar “murro em ponta de faca” para tentar roubar migalhas dos imbatíveis Toyota Corolla e Honda Civic, a marca italiana resolveu fazer o que era para ter sido feito em 2008 e retabelou o sedã para baixo.

Partindo dos R$ 56 mil, o sedã dispara seus flertes nos compradores de sedãs compactos como Ford Fiesta Sedan e até mesmo de populares como Chevrolet Prisma. Andamos na versão Essence. De entrada mas, no entanto, com farto pacote de itens opcionais, com direito a bancos e volante revestidos em couro, sistema de entretenimento Blue&Me Nav, ar-condicionado digital, bolsas laterais, rodas aro 17, dentre outros mimos que elevam seu preço básico de R$ 55.860 para R$ 68.367.

Diante dessa configuração, não há do que reclamar do sedã, que se iguala a qualquer outro médio. Assim como o desempenho do motor E-torq 1.8 litro 16v de 132 cv, combinado com câmbio manual, mostra ser suave e com boas respostas, como se espera de um propulsor de seu volume, graças aos 18,9 mkgf de torque, mas ainda está longe de ser um velocista.

Consumo

Seu consumo segue o mesmo patamar de qualquer outro médio, na cada dos 6 km/l, na cidade, abastecido com álcool. Valores que podem assustar justamente quem estava em dúvida em se aventurar no degrau acima do Fiat ou apostar em um popular como um Prisma completíssimo ou num compacto como o Fiesta Sedan de entrada.

No uso cotidiano, o Linea é um automóvel que sabe afagar seu motorista e ocupantes. O acabamento interno é de boa qualidade, e os plásticos duros estão posicionados onde as mãos geralmente não encostam. O painel, herdado do Punto, é mais moderno, mas não consegue esconder o peso da idade.
A posição de dirigir é boa, assim como o bom acerto de suspensão, que absorve bem a buraqueira das ruas de Belo Horizonte e adjacências, assim como mantém boa estabilidade nas curvas.

Mas não há como não torcer o nariz para o uso o sistema de navegação Blue&Me Nav, com informações por voz e ícones no quadro de instrumentos, em detrimento de uma tela de cristal líquido no console central. É um atraso que não se vê nem nos concorrentes de segmentos inferiores. Durante a apresentação da linha 2015 do sedã, os executivos da Fiat afirmaram que a tela sensível ao toque será oferecida como acessório da divisão Mopar, mas o correto seria ser item de série. 

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