Só falta o preço - Com Mirage, Mitsubishi quer crescer e aparecer

Homero Gottardello - Hoje em Dia
23/07/2013 às 07:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:17

Ele é um recordista de economia e, na sua volta ao mercado norte-americano, o Mitsubishi Mirage chega como o modelo mais eficiente dos Estados Unidos, excluindo-se os híbridos. Lá, onde ele é equipado com motor 1.2 litro 12V, o fabricante declara consumo urbano de 15,7 km/l – com uso de gasolina norte-americana, sem adição de álcool anidro. Mas o que este compacto tem a ver com o Brasil?

Bom, a Mitsubishi precisa de uma opção de entrada, para ganhar participação no mercado brasileiro e o Mirage é o modelo mais cotado para essa missão. Por aqui, ele ganharia com a chancela de compacto premium, potencializando seu retorno comercial.

Importado

Por enquanto, ele é feito exclusivamente na Tailândia, de onde é exportado para o Japão, Europa e EUA. Se viesse de lá, o Mirage dificilmente desembarcaria no Brasil por menos de R$ 36 mil, então, a solução é sua produção local, em Catalão.

Com 3,71 metros de comprimento, o japonesinho é 19 cm menor que o HB20, da Hyundai – que parte de R$ 33.295, na versão Comfort.

Conteúdo não falta ao Mirage, que traz direção com assistência elétrica, ar-condicionado, travas e vidros elétricos de série, em todos os mercados. O compacto ainda oferece rádio com CD, leitor MP3, entrada USB e para iPod, além de viva-voz Bluetooth para telefone celular, retrovisores elétricos, navegador por satélite (GPS) e sensor de ré.

Segurança

Seu pacote de segurança contempla quase tudo: são até sete bolsas infláveis, além de freios ABS com distribuidor de carga (EBD) e assistente de emergência (BA), controles eletrônicos de tração (TCL) e estabilidade (ASC), monitoramento de pressão dos pneus (TPMS) e assistente de arranque em ladeiras (HSA).

Os motores de três cilindros em linha têm 1.0 litro e 1.2 litro 12V, com 69 cv e 75 cv de potência, respectivamente – a versão popular japonesa promete médias de até 27,2 km/l. Ambas as unidades podem ser combinadas com o câmbio manual de cinco marchas ou a transmissão automática (CVT) continuamente variável.

Brasil

No Brasil, o Mirage passaria por uma tropicalização, afinal, hoje a subsidária nacional da Mitsubishi não tem em seu portfólio nenhum modelo que possa compartilhar partes e sistemas com o novo compacto. O investimento para produzi-lo, localmente, seria altíssimo e, por isso, ele não é uma certeza.

O jeito é esperar para ver se a marca fecha suas contas.

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