Quem conhece a peça “Romeo e Julieta”, de William Shakespeare, sabe que história gira em torno do amor proibido entre dois adolescentes, cujas famílias veronesas são inimigas. A exemplo do pai de Julieta e patriarca dos Capuletos, que reprova a união da filha com o jovem Montecchio, a Fiat teme que o flerte da Alfa Romeo com o Brasil termine em tragédia.
A marca ensaia seu retorno ao país com o médio-compacto MiTo e o luxuoso Giulietta, mas nenhum deles faz jus à tradição bolonhesa como o esportivo 4C. O cupê será o responsável pelo retorno da Alfa Romeo ao mercado norte-americano e, se pudéssemos escolher, ele seria o personagem perfeito para um final feliz.
O 4C é um autêntico superesportivo. Afinal, basta equalizar os 240 cv do motor 1750 Turbo com sua massa, de 895 quilos, para chegarmos à relação peso/potência de 4 kg/cv. O modelo, de 3,99 m de comprimento, 2 m de largura e 1,18 m de altura, acelera de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e ultrapassa os 250 km/h de velocidade máxima.
O propulsor de montagem central é combinado ao câmbio pré-seletivo TCT de seis marchas e embreagem dupla. A tração é traseira.
Race
Além do Lauch Control[/LEAD], que garante aceleração máxima sem perda de tração, o conjunto conta com seletor DNA com modos Dynamic, Natural e All-Weather, além da nova função Race, que desabilita os controles eletrônicos de tração e estabilidade (ESP), bem como reconfigura o painel de instrumentos digitais.
Sua estrutura monocoque usa fibra de carbono e os demais conjuntos são construídos em alumínio – as suspensões independentes contam com braços articulados, na dianteira, e sistema MacPherson, na traseira, com uma distribuição de pesos de 40%-60%.
Some a isso faróis com luzes diodo (Bi-LEDs) e enormes rodas aro 19” para chegar a um preço de 60 mil euros, na Europa.
Por aqui, o 4C não desembarcaria por menos de R$ 400 mil, o que acaba tornando sua importação um “Sonho de Uma Noite de Verão”– para citar outro texto shakespeariano. Fazer o quê?!