O Strada é um veterano mercado brasileiro, mas a idade não parece ter deixado marcas tão profundas no picape leve da Fiat, que segue como o mais vendido de sua categoria, bem como uma das opções mais capacitadas do segmento. Apesar de seu ótimo desempenho comercial, a caminhonete não foi incluída na renovação da gama Palio que, além do hatchback, contemplou apenas o sedã – no caso, o Grand Siena.
Sem a previsão de um substituto, a grande novidade do utilitário, para este e o próximo ano, é série especial Mangalarga Marchador, disponível para as versões Trekking 1.6 16V Cabine Estendida (a partir de R$ 46.550) e Adventure 1.8 16V Cabine Dupla (a partir de R$ 59.440).
Bisturi
Em julho do ano passado, o Strada já tinha passado pelo bisturi do Centro de Estilo da Fiat. O modelo ficou mais parecidos com o novo Palio e passou a oferecer opcionais inéditos, como volante multifuncional com borboletas para trocas sequenciais, nas unidades equipadas com sistema Dualogic, e rodas de liga leve aro 16 polegadas.
O motor EtorQ de 132 cv foi outra novidade bem-vinda. O propulsor bicombustível 1.8 litro 16V substituiu a antiga unidade, originária da General Motors, com mais força, mas seu consumo ainda é altíssimo para um veículo leve (ver ficha técnica).
Por dentro, o Strada com cabine estendida é prático e conveniente, em que pese o fato de sua posição de dirigir não ser das melhores. O acabamento, que já era simples, piorou, mas acaba compensado pela boa oferta de conteúdo. O conjunto de som, ofertado como opcional, é um dos piores do mercado.
Balança
Uma unidade completa, como a que avaliamos, sai por R$ 57.515, mesmo valor de um Duster Dynamique 2.0 16V, da Renault. Como o leitor pode ver, antes de bater o martelo, é bom colocar ambos na balança.
Pessoalmente, só optaria pelo Strada se precisasse – muito mesmo – de uma caçamba.