Candidatos à PBH deixam de lado a diplomacia e trocam acusações

Ana Flávia Gussen - Do Hoje em Dia
06/09/2012 às 23:40.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:05
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

A um mês das eleições, os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) e Patrus Ananias (PT) deixaram de lado a diplomacia e partiram para o confronto direto.

Um dia depois da divulgação da pesquisa Ibope, que apontou uma redução de 9 pontos na diferença entre os candidatos, Marcio e Patrus trocaram farpas em um debate acalorado com estudantes locais. “Nunca vi tanto número em uma campanha. É a ‘matemágica’. Também nunca ouvi tantos ‘vou fazer’ depois de quatro anos de mandato”, disparou o petista. Ele citou o marco zero da expansão do metrô como uma manobra eleitoral do adversário. “Até buraco na Praça Sete foi feito e a população de Belo Horizonte não viu um palmo de metrô. A capital precisa de liderança”.


Por outro lado, Marcio Lacerda lembrou a participação de Patrus em sua administração. “Criamos um fórum social do qual nosso adversário fez parte e, inclusive, elogiou”.

Nesse momento, Patrus solicitou retratação, mas a organização do evento negou, uma vez que Marcio não citou seu nome. Marcio aproveitou para dizer que o atraso nas obras do metrô seriam do governo federal, que não teria investido na capital.

Lendas Urbanas

O prefeito acusou a campanha do petista de criar “lendas urbanas” sobre sua administração e chegou a fazer um apelo aos espectadores. “Aqui tem honestidade. Por favor, não acreditem nessas mentiras”, disse o prefeito.

De acordo com ele, é uma inverdade que as áreas da saúde e educação teriam sido privatizadas com as parcerias público-privadas. Marcio também rechaçou que as empresas teriam influência dentro da prefeitura. Ele negou que exista uma política higienista na cidade e que defende a repressão contra manifestantes. “Só acho que os direitos de uma minoria não devem atingir os da maioria. Fiquei na prisão, lutei contra a ditadura e sou defensor da democracia”.

Copa do Mundo

Marcio declarou que vai manter os investimentos no setor hoteleiro uma vez que, de acordo com ele, não existem quartos suficientes para abrigar os turistas. “Ainda assim os visitantes correm o risco de ficar hospedados nas casas de parentes”.

Segundo ele, os hoteis mais antigos da capital terão que se adequar ao novo mercado que surgirá com a Copa. “Os mais antigos vão ter que se reformar, baixar os preços ou baixar as portas”.

As declarações levaram Patrus a chamar o adversário de incompetente. “Com essa declaração, nosso adversário só reconheceu sua incompetência. Não planejou devidamente a cidade para a Copa”, disparou o petista, que defendeu um projeto pós-Copa para a cidade.

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