( GLYN KIRK/AFP)
As seleções femininas de futebol de Brasil e Grã-Bretanha, já classificadas para a segunda fase, se enfrentam na terça-feira em Londres (15h45 de Brasília) para definir a líder do grupo E, na terceira e última partida da primeira fase, com o objetivo de ter um rival mais fácil nas quartas de final.
A equipe brasileira das temidas atacantes Marta e Cristiane, favorita para levar o ouro junto com Estados Unidos e Japão, terá a vantagem do empate para garantir a primeira posição, já que conta com um maior saldo de gols. A seleção brasileira goleou por 5 a 0 Camarões na estreia e depois garantiu sua passagem para as quartas de final com uma vitória por 1 a 0 sobre a Nova Zelândia, enquanto as britânicas superaram na estreia por 1 a 0 as neozelandesas e depois bateram as africanas por 3 a 0.
Cristiane, autora de dois gols em Londres-2012, o que a deixa como artilheira da competição e permitiu aumentar seu recorde olímpico de gols a 12 em três Olimpíadas, mais uma vez será o trunfo da equipe comandada por Jorge Barcellos, que também confia na magia de Marta e na experiência de Formiga. A goleira imbatível Andreia Suntaque, que já soma oito partidas sem receber gols nos torneios olímpicos, um fato inédito, certamente terá mais trabalho em Wembley e correrá mais riscos devido à atuação de Stephanie Houghton, que já marcou duas vezes em Londres-2012.
As anfitriãs mostraram um jogo tipicamente "British", uma mistura de potência física, velocidade, abertura para as laterais e contundência quando avançam pela área adversária. O plano de Barcellos deverá tentar aumentar a posse de bola para criar espaços aos poucos e minar a confiança das britânicas, que gostam das partidas francas. Para as brasileiras, prata em Atenas-2004 e em Pequim-2008, o teste contra a Grã-Bretanha as colocará pela primeira vez diante de uma das equipes que são realmente capazes de brigar pelo ouro.
Em caso de vitória ou até mesmo de empate, a seleção do Brasil enfrentará nas quartas de final o terceiro classificado do grupo F ou G, que pode ser Canadá ou Coreia do Norte. Se perder para as britânicas, a adversária será o segundo da chave F, provavelmente Japão ou Suécia.