Centro de Londres ficou vazio na primeira semana dos Jogos Olímpicos

Agência Brasil
04/08/2012 às 11:02.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:09

LONDRES - As cidades que sediam os Jogos Olímpicos sempre esperam receber muitos turistas, mais do que em outras épocas do ano. Não foi o que se viu, porém, durante a primeira semana de competições, no centro de Londres. Enquanto o comércio cresce no leste, onde fica o Parque Olímpico, o centro ficou praticamente vazio para os padrões da cidade.

A Associação Europeia de Operadores de Turismo estima que, apesar do número de turistas em Londres ter se mantido estável, os chamados turistas tradicionais, que visitam a cidade para fazer negócios, compras, ir a museus e espetáculos, caiu cerca de 50%.

Muitos comerciantes acreditam que os pedidos do governo para que a população evitasse o centro da cidade, por medo de um caos nos transportes, acabaram gerando resultado negativo. Os londrinos ficaram em casa e os turistas não vieram na quantidade esperada. Teatros, restaurantes e bares perderam boa parte de seu público e muitas mesas e cadeiras vazias são vistas em horários antes muito movimentados na região de Covent Garden, parada obrigatória de turistas no centro da cidade.

"O governo fez muita propaganda que ia estar cheio, aí assustou. Os restaurantes aqui contrataram gente para o evento e estão tendo que dispensar", disse o brasileiro Henrique Andrella, que trabalha há quase dois anos no local.

O marroquino Joseph Modi, que trabalha há dois anos em Londres levando turistas pela região em sua bicicleta, disse que em dias normais faz até 50 passeios com clientes por dia, mas que nesta semana a média é de apenas 20. "Se você for a restaurantes, bares, pubs, todo mundo vai reclamar, porque o movimento antes das Olimpíadas estava melhor. Agora não está bom".

Gerente de uma sorveteria italiana em Covent Garden, Giacomo Quagliarella disse que o movimento diminuiu desde a cerimônia de abertura porque muitos londrinos saíram da cidade para evitar a multidão alardeada. Apesar disso, ele está otimista para os próximos dias. "Eles não podem ficar fora para sempre. Acredito que vamos voltar ao nível anterior".

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