(Jack Guez/AFP)
Adriana Araújo já está bastante satisfeita com o feito que alcançou nesta segunda-feira. Com a vitória sobre a marroquina Mahjouba Oubtil, a soteropolitana se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica no boxe (logo na estreia da disputa feminina em Jogos). Para não parar no bronze, ela precisará superar a russa Sofya Ochigava na semifinal.
"A russa já foi campeã mundial e é a atual vice. Ela me derrotou no último Mundial, mas quero ver até onde consigo ir", comentou Adriana, que lutará às 10h15 (de Brasília) de quarta-feira.
Mesmo que não consiga superar Ochigava, Adriana já deixou o seu nome marcado na história do boxe brasileiro. O único medalhista olímpico do boxe do país era Servílio de Oliveira, com um bronze, há 44 anos. "Estou muito feliz por ganhar essa medalha para o Brasil. Tínhamos dez bons boxeadores brasileiros aqui, mas fico contente de ter sido a primeira a ganhar. Espero que o boxe feminino seja mais visto agora", disse a vitoriosa em Londres.
Para garantir o seu lugar no pódio, Adriana precisou superar a ansiedade nos Jogos Olímpicos. Após a estreia, em que assustou até o árbitro com a sua comemoração entusiasmada no ringue, a soteropolitana abriu vantagem contra Mahjouba Oubtil nos dois primeiros assaltos e controlou o último, vencendo por 16 pontos a 12 no total.
"Procurei usar menos golpes e ser mais certeira para garantir uma boa pontuação. Temos de ir de acordo com cada luta, com cada adversária. A tática do combate muda de um round para outro", analisou Adriana Araújo, que chegou a jogar futebol entre os 12 e os 17 anos, treinando até no Vitória. Agora, ela se prepara com homens para aperfeiçoar os seus golpes no boxe. "É assim que eu gosto, pois me ajuda a evoluir", sorriu.