A acomodação dos preços e a redução na velocidade de venda de imóveis em Belo Horizonte sinalizam que o momento é positivo para quem busca boas oportunidades de compra.

 
Especialistas consultados pelo Hoje em Dia analisam que o recente recuo nos preços dos imóveis – verificado em três, dos últimos quatro meses–, ainda não se configura como tendência. Mostra, no entanto, uma diminuição da pressão de demanda, o que abre boas perspectivas de negociações. O raciocínio é simples. Com menos compradores, os proprietários estão mais abertos à barganha de preço, tanto para os imóveis novos quanto usados.


Oferta

A concentração, agora, da entrega de unidades que começaram a ser construídas há dois ou três anos, no auge do boom imobiliário, também contribui para o cenário.

De acordo com os dados da última pesquisa FipeZap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP), que afere a oferta, preço e prazo de venda de imóveis em sete capitais do país, o sinal de desaceleração em Belo Horizonte foi dado em junho, quando o índice de preços apresentou, pela primeira vez em quatro anos, variação negativa (-0,21%). De lá para cá, ainda que de forma tímida, o mercado, que vivia uma fase de euforia, tornou-se mais cauteloso.

“Estamos assistindo um processo de readequação de preços após uma etapa de crescimento acelerado. Não diria que se trata de desaquecimento. O cenário continua bastante positivo, com demanda acentuada, crédito farto e juros baixos”, analisa Evandro Negrão de Lima Júnior, presidente da Câmara Mineira de Imóveis (CMI).


Usados

As melhores oportunidades para os compradores, diz, estão entre os imóveis seminovos. Nesses casos, além de preço, o comprador tem mais segurança de que os problemas e vícios de construção já teriam sido solucionados pelo proprietário.
 

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