O saldo preliminar do desempenho de Belo Horizonte na Copa das Confederações é positivo. A afirmação é do secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo (Secopa) em Minas Gerais, Tiago Lacerda. A avaliação se restringe à operação no estádio. Além disso, ele ainda aguarda um relatório final da entidade e do Comitê Organizador Local (COL) para uma última avaliação.
Lacerda preferiu não comentar sobre os confrontos que ocorreram entre manifestantes e a Polícia Militar, por entender que há outros interlocutores do Governo do Estado para essa função. “Foi um grande teste. Pudemos perceber como o Mineirão consegue realizar grandes eventos, com muitos detalhes. Ficou muito claro que os espectadores se impressionaram”, argumenta.
O secretário destaca como pontos positivos o bom comportamento da torcida – que procurou sentar nos lugares marcados dentro do estádio –, a parte de entretenimento na esplanada, o deslocamento das equipes, e o uso do transporte coletivo pelos torcedores para chegar ao estádio. “Só no jogo da quarta-feira, entre Brasil e Uruguai, mais de 11 mil pessoas utilizaram os ônibus”, enfatiza.
Lacerda aprovou, ainda, o funcionamento dos bares, mesmo com a superlotação de alguns deles. “Filas em grandes eventos são normais”, argumenta o secretário, que garante ter recebido elogios de estrangeiros que estiveram no Mineirão, durante a semifinal da competição.
Nesse dia, a saída dos torcedores foi conturbada, porque a Polícia Militar determinou que fossem desmontados os terminais da Avenida Cel. Dias Bicalho e UFMG (portaria Antônio Carlos), por causa do confronto com manifestantes. Assim, a BHTrans teve que reordenar a volta, e quase não havia ninguém nas ruas para dar informações sobre onde as pessoas deveriam pegar os ônibus. Para Lacerda, a adaptação foi positiva, apesar do transtorno no final.
Sobre a barreira no entorno do Mineirão, o secretário afirma que não foi a Fifa que determinou. Porém essa ação é comum aos grandes eventos no mundo. Ele lamenta, contudo, a morte do jovem Douglas Henrique, de Oliveira, de 21 anos, que caiu do viaduto José Alencar.